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Quinta-feira, 13 de junho de 2024

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Sindicato orienta que professores das universidades feserais em greve rejeitem proposta do governo

Foto: Adufpb/G1/Valter Campanato/ABr

Sindicato orienta que professores das universidades feserais em greve rejeitem proposta do governo
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) vai indicar que os professores em greve não aceitem a proposta de reajuste nos salários feita por representantes dos Ministérios da Educação e do Planejamento na terça-feira (24). A greve dura quase dois meses e atinge 57 das 59 universidades federais.


Segundo o diretor do Andes e professor da Universidade Federal da Paraíba, Josevaldo Cunha, haverá assembleias locais entre esta quinta-feira (26) até segunda (30). Na segunda à noite, o Comando Nacional de Greve vai sistematizar os resultados para apresentar ao governo.

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Ainda, de acordo com Cunha, a orientação do sindicato é para que a categoria rejeite a proposta, porém a decisão é individual. "A nova proposta não difere na essência da que foi apresentada no dia 13 (de julho) e não há uma reestruturação da carreira, mas as bases são autônomas para decidir. Pode ser que venham outras sugestões."

Em nota, o Andes informou que "em sua essência, o texto mantém a desestruturação da carreira docente, pois propõe pequenas mudanças relativas à promoção na carreira docente e às tabelas salariais correspondentes. A expectativa, no entanto, era que o governo absorvesse as críticas feitas pelo Comando Nacional de Greve à proposta anterior e apresentasse nova proposta que, de fato, atendesse às nossas reivindicações."

Pela nova proposta, o reajuste mínimo passaria de 12% para 25%; o máximo, para professores com titulação maior e em dedicação exclusiva, permaneceria em 40%, além dos 4% já concedidos pelo governo numa medida provisória.

O aumento seria dado já a partir de março de 2013, e não mais no segundo semestre do ano que vem. O custo total, para os próximos três anos, seria de R$ 4,2 bilhões, em vez de R$ 3,9 bilhões, como previsto na proposta anterior, rejeitada pelos professores.

O Ministério da Educação informou, em nota, que "reitera que atendeu às reivindicações principais das representações sindicais dos professores das universidades e institutos federais. Disponibilizou cerca de R$ 4,2 bilhões para a reestruturação da carreira docente, com o objetivo de valorizar a titulação e a dedicação exclusiva." Ainda, segundo o texto divulgado pelo MEC, o objetivo é fortalecer a carreira. “O que buscamos é valorizar a docência e apontar para um ensino superior mais atuante, republicano e de qualidade", diz o professor Amaro Lins, ex-reitor da UFPE e atual secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, no texto.

Categoria dividida
A rejeição da proposta do governo não é consenso entre os sindicatos que representam a categoria. O conselho deliberativo do Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) informou, em nota, que sugeriu aos sindicatos locais que façam suas assembleias e votem favoravelmente à nova proposta para que a greve seja encerrada.

"Os Ministérios da Educação e do Planejamento retiraram os pontos que feriam a autonomia universitária, anteciparam para março o pagamento dos reajustes anuais, e retiram as barreiras para progressão no Magistério Superior e no Ensino Básico, Técnico, e Tecnológico", diz o texto.

Novos salários
Pela nova proposta, o salário inicial, por exemplo, de um professor com doutorado e de dedicação exclusiva passará nos próximos 3 anos dos atuais R$ 7.627,02 para R$ 8.639,50. Já o salário inidicial dos professores iniciantes com mestrado e dedicação de 40 horas saltará de R$ 3.137,18 para R$ 3.799,70. A remuneração do professor titular com dedicação exclusiva – aqueles que estão no topo da carreira – passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.

O governo propôs também diminuir a quantidade de níveis da carreira de professor universitário, de 17 para 13, alegando que assim facilitaria a progressão dentro da profissão.

No último dia 13 de julho, o governo apresentou proposta de reajuste de 12% a 40% (mais 4% já aprovados em medida provisória), a serem recebidos nos meses de junho de 2013, 2014 e 2015, que foi rejeitada pelos grevistas. A proposta de hoje, além de elevar o piso para 25%, antecipa os pagamentos para os meses de março.

O incremento significará impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento do governo, 7,7% maior que o previsto na proposta inicial. O reajuste soma-se ao aumento de 4% concedido pelo governo por meio de medida provisória retroativo a março, ao longo dos próximos anos.

A greve foi iniciada em 17 de maio e hoje atinge todas as instituições, com exceção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
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