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Terça-feira, 28 de maio de 2024

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Polícia acha pomada com validade vencida em clínica onde duas morreram em SC

A polícia encontrou uma pomada de efeito anestésico com a validade vencida na clínica em que duas pacientes morreram após realizarem uma endoscopia, em Joaçaba (419 km de Florianópolis).


Usada para lubrificar o endoscópio -tubo ótico-, foi encontrada dentro de uma lixeira da sala onde eram feitos os exames. De acordo com a polícia, ela estava vencida desde 9 de março.

Clínica onde mulheres morreram após endoscopia não tinha alvará
Clínica de SC onde duas mulheres morreram após endoscopia é interditada

Ontem, a Visa (Vigilância Sanitária) de Santa Catarina interditou a clínica, onde também seis mulheres passaram mal após realizarem endoscopia. O local, segundo o órgão, também não tinha alvará de funcionamento e não poderia realizar o exame.

Entre os que passaram mal, uma garota de 15 anos segue internada em um hospital da cidade e outras cinco pessoas foram liberadas.

Segundo a Visa, ainda não é possível determinar a causa da mortes. A polícia suspeita que a pomada vencida, uma dosagem errada ou um erro de manipulação do anestésico podem ter causado as mortes. Falta de equipamentos adequados para lidar com emergências também pode ser outro motivo.

De acordo com a Visa, o médico gastroenterologista responsável pelos exames, Denis Conci Braga, 31, só tinha autorização para ter um consultório médico e não podia oferecer exames de endoscopia.

Segundo a vigilância, no caso de Joaçaba, Braga aplicou doses de diazepan ou midazolan (Dormonid) para anestesiar as pacientes e usou a pomada vencida, que contém lidocaína, para lubrificar o endoscópio.

Braga, que também é proprietário da clínica, foi preso na sexta em flagrante por homicídio culposo (sem intenção de matar). Ele prestou depoimento e foi liberado após pagar fiança de R$ 2.550.

No sábado, foram enterradas Maria Rosa dos Santos, 52, e Santa Sipp, 60. Elas morreram de parada cardiorrespiratória ainda na clínica, logo após o exame de endoscopia digestiva, que investiga doenças do aparelho digestivo com o auxílio de um tubo flexível.

Há cerca de cinco anos, três pessoas morreram e 12 passaram mal em Itagibá (BA) após exame de endoscopia. À época, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apontou que ocorreu um erro na concentração do princípio ativo da anestesia e interditou a empresa responsável pela fabricação.

A Folha tentou falar com o advogado de Braga, Germano Bess, deixou recado, mas não houve retorno até as 17h30.
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