Os seis advogados que foram presos durante a Operação Asafe,sob suspeita de integrarem um suposto esquema de vendas de sentenças, foram suspensos preventivamente do quadro da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT). Entre os punidos, estão Célia Cury e Alessandro Jacarandá, respectivamente a esposa do desembargador aposentado compulsoriamente José Tadeu Cury e o seu sócio.

Ambos citados como ‘corretores’ de sentenças a serviço do desembargador aposentado, que também é citado no inquérito que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vale ressaltar que Tadeu Cury foi aposentado no histórico julgamento em que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou punição administrativa máxima a dez magistrados de MT.

Além deles, também foram afastados Santos de Souza Ribeiro, Max Weize Mendonça, Rodrigo Vieira e Alcenor Alves de Souza. Sendo este último ex-prefeito de Alto Paraguai. O efeito suspensivo, determinado por unanimidade pelo Tribunal de Ética da Ordem, tem efeito durante 90 dias, prazo no qual o processo deverá ser avaliado de forma definitiva.

Durante esse período o processo o ocorrerá de forma sigilosa e os advogados terão direito de apresentar defesa escrita e oral. “Eles também poderão pedir construção de provas, é um direito deles”, pontuou Cláudio Stábile, presidente da OAB-MT. Por fim, o Tribunal de ética da Autarquia decidirá pela absolvição ou alguma punição dos advogados. “Eles podem ser advertidos, suspensos ou excluídos definitivamente do quadro da Ordem”, completou.

Ainda segundo o presidente da OAB-MT, caso os punidos queiram, eles podem recorrer da decisão do Tribunal de Ética. “Eles podem acionar o Conselho Estadual, composto por 33 membros. (...) Depois podem recorrer no Conselho Federal, que é composto por três advogados de cada estado”, explicou.

Primeira atualização às 19h17/ Segunda atualizzação às 19h30