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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Temer pede garantias contra ''traições'' de aliados

O PMDB reforçou ontem a intenção de assumir tanto a presidência da Câmara quanto do Senado e enfraquecer o PT. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), desistiu ontem de sua candidatura e o ex-presidente José Sarney tornou-se o único nome do partido a disputar o cargo.


A decisão coloca em risco os votos de Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara e o candidato, que diz ter apoio de 13 partidos, pediu garantias aos possíveis aliados de que não haverá traições.

O PT contesta a falta de apoio do PMDB no Senado. A líder do partido na Casa, Ideli Salvatti (SC), atacou Sarney: " Dizer três vezes que não quer ser candidato e no final aceitar, é má-fé " . O partido reuniu lideranças ontem em Brasília para discutir a candidatura de Tião Viana (AC) no Senado e os reflexos do lançamento de Sarney no voto da bancada do PT na Câmara. Na conversa entre o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), Ideli Salvatti e Tião Viana, os dirigentes defenderam que a eleição no Senado não contamine a Câmara e que os petistas votem em Michel Temer. Um dos argumentos é que isso evitaria o fortalecimento nas duas Casas do novo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). Segundo um petista, tudo o que Renan deseja é eleger Sarney e derrotar Temer.

Com o PMDB comandando as duas Casas, o PT ficará refém da legenda, dizem os petistas. Mas isso ainda é melhor, segundo o PT, do que dar mais poder a Renan.

No Senado, a candidatura de Tião Viana tem o apoio, além do PT, de PDT, PSB, P-SOL, PR e PRB, somando pelo menos 25 votos dos 41 necessários para vitória.

O apoio do PDT a Viana foi oficializado ontem, depois de reunião do presidente licenciado do partido, ministro Carlos Lupi (Trabalho) e lideranças partidárias. O PDT rompeu com o bloco de esquerda, composto também por PSB e PCdoB. A ruptura se deu para que o partido acompanhasse o voto do governo nas duas Casas: Tião Viana e Michel Temer.

A decisão enfraquece a candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB) na Câmara, lançada pelo presidente do PDT, deputado Vieira da Cunha, para representar o bloquinho.

Depois que Lupi assumiu o ministério, a relação entre governo e PDT se fortaleceu e o partido preferiu romper com PSB e PCdoB para aproximar-se do Palácio do Planalto. Com a ruptura, o governo dificulta o lançamento de uma candidatura à Presidência, em 2010, do bloco. Assim, tenta garantir já no primeiro turno o apoio desses partidos à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

A decisão do PDT de apoiar a candidatura de Tião no Senado reflete a vontade do governador do Maranhão, Jackson Lago, inimigo político da família Sarney no Estado. Na Câmara, a resolução foi tomada para acompanhar o governo, apesar de prejudicar Aldo. O candidato do PCdoB, entretanto, conta com dissidentes do PDT, assim como do PT. Aldo e o também candidato Ciro Nogueira (PP-PI) consideram que a campanha começou agora, com as candidaturas lançadas e dizem que Temer tem o apoio das cúpulas partidárias, não da base. Com o PDT, o pemedebista soma o apoio de 13 partidos. O PSDB deve reunir-se na próxima semana, mas o líder Artur Virgílio já avisou que, a princípio, não há vetos ao nome de Sarney. " É um bom candidato e ele não sofre restrições de José Serra " , disse.
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