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Terça-feira, 14 de maio de 2024

Notícias | Política MT

Operação Asafe

Genro de Célia Cury nega esquema e contradiz investigações da Federal

O advogado Rodrigo Vieira Komachena negou, em depoimento, qualquer participação no esquema de venda de sentença em Mato Grosso, no âmbito do Poder Judiciário, inclusive na Justiça Eleitoral, que vem sendo investigado no inquérito da Operação Asafe. Ele é genro de Célia Cury, apontada como a principal intermediadora nas negociações de decisões judiciais, e aparece num esquema que envolve o desembargador José Luis de Carvalho.


O depoimento de Komachena também contradiz com as provas levantadas pela Polícia Federal ao longo das investigações, que iniciaram em 2006. O advogado também parece não saber explicar a maior parte das conversas interceptadas entre intermediadores e sua sogra.

Komachen atuou como advogado de defesa de Modesto Machado Filho, o Modestinho, em parceria com Célia Cury, e tentam conseguir um habeas corpus para conseguir ao cliente o benefício da prisão domiciliar, expedindo-se o contramandado. De acordo com o inquérito, as negociações foram acompanhadas por diligências e vigilância velada, além de interceptações.

Apesar das conversas do acusado com os supostos interlocutores Avelino Tavares Junior e Rafael Henrique Tavares Tambelini, Komachena negou conhecer ambos. Ele admite apenas que Carvalho Silva, também citado no inquérito, fora o responsável por lhe indicar o cliente e receberia uma comissão de R$ 8 mil.

Rodrigo informou também que o habeas corpus foi dividido com Célia Cury, sendo assim, ambos receberam R$ 20 mil cada. Em conversa interceptada pela PF com a sogra, ele informou que havia cobrado R$ 50 mil, sendo que seriam R$ 10 mil inicial e outros R$ 40 mil após a decisão.

Em depoimento, Komachena informou também que Modestinho não honrou uma dívida de honorário no valor de R$ 25 mil e por isso estaria movendo uma ação de execução contra mãe do cliente, pois ela era a emitente do cheque. O processo transcorre na Comarca de Alto Araguaia.

Sobre o fato do empresário Claudio Manoel Camargo Junior, concunhado de Rodrigo, conversado com Avelino a respeito de uma dívida supostamente deixada por Modestinho, decorrente do habeas corpus, o advogado simplesmente diz não saber dos fatos.

Quanto aos motivos pelos quais Komachena, Célia Cury e até mesmo Cláudio terem feito intensa movimentação para ingressar com habeas corpus no plantão do desembargador José Luis de Carvalho, o acusado disse desconhecer os motivos e não se lembra se foi dada entrada no pedido no domingo, 9/8/2010.

Segundo Komachena, ele minutou o HC, assinou-o e viajou para Diamantino e não se lembra se deixou a minuta com a cunhada ou esposa para que um deles protocolasse o pedido no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Também não soube justificar o que Thalita Cury, cunhada e esposa de Cláudio Manoel, quis dizer em ligação telefônica para ele com “aquele negócio vai dar certo”.

Rodrigo Komachena informou também que não é sócio de Celia Cury, pois apenas aluga uma sala no escritório da sogra. Ele informou ainda que já dividiu ações com Cury e não vê problemas com isso. Ele também negou qualquer envolvimento com os desembargadores citados no inquérito.

Ao negar participação no esquema de venda de sentença, o advogado admitiu que por razão de estratégia, o declarante já preferiu ajuizar determinadas ações perante determinados juízes, posto que com isso teria maior probabilidade de sucesso, tendo em vista o entendimento de cada magistrado.
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