O plano para executar o prefeito de Novo Santo Antônio(1.200 km nordeste de Cuiabá), Valdemir Antônio, Quatro Olhos (PMDB), segundo a polícia, foi definido duas semanas antes do crime na chácara do advogado e ex-procurador da prefeitura Acácio Alves de Souza, apontado como mandante do crime e que teve a sua prisão temporária solicitada pelos delegados responsáveis pela investigação.

Rosângela Neris, namorada de Luciano Oliveira, o Andróide, acusado de ser um dos executores do prefeito, informou em depoimento que o companheiro esteve com Alexandre Barbosa, 35 anos, o Magrão, outro suspeito, na chácara do advogado conversando por quase três horas.

Na casa de Alexandre, a Polícia Civil encontrou R$ 15 mil, em Nova Xavantina (659 km de Cuiabá), onde foi preso. O dinheiro, segundo os delegados, é provavelmente parte do pagamento de R$ 30 mil pelo assassinato do prefeito.

Já foram interrogadas 26 pessoas pelos delegados Wiliney Borges e Ronan Villar, responsáveis pelo inquérito e surpreendentemente até mesmo um homem identificado como Adão Cuiabano, que a polícia trata como pistoleiro, colaborou na investigação afirmando que foi procurado pelo advogado que lhe ofereceu R$ 50 mil para matar o prefeito, mas não aceitou a proposta.

O ex-procurador chegou a dizer que iria se apresentar com os seus advogados, mas desapareceu da cidade e é tido como foragido pela polícia. As investigações prosseguem porque, segundo os delegados, ainda há outros suspeitos na participação do crime.

Em menos de 15 dias, Mato Grosso teve dois prefeitos assassinados. O outro prefeito executado foi da cidade de Nova Canaã do Norte (699 km de Cuiabá), Antônio Luiz Cesar de Castro, o "Luizão" (DEM), assassinado com seis tiros. Este segundo crime ainda

Terça-feira (9), prefeitos de diversos municípios de MT pediram mais segurança no estado em função destas mortes. O protesto ocorreu na sede da Associação Mato-Grossense dos Munícipios (AMM).