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Domingo, 19 de maio de 2024

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Vice-presidente da Anamages acusa produtor de usar mídia e defende juiz

Foto: Reprodução

Vice-presidente da Anamages acusa produtor de usar mídia e defende juiz
O vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages), Mirko Vincenzo Giannotte, acusou o produtor rural Clayton Arantes de usar a mídia para tentar reverter a decisão que determina a reintegração de posse de uma fazenda no município de Sinop. O agricultor iniciou uma greve de fome em frente ao Palácio da Justiça para tentar chamar a atenção do Poder Judiciário de Mato Grosso e acusa o juiz Paulo Martini de vender sentenças na Comarca de Sinop. O protesto ganhou força com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT).


Mirko Giannotte, que também atua em Sinop na Quarta Vara Cível, explicou que Martini proferiu sentença no processo em 2003, dando a posse da terra para Adão Batista. Depois disso, o produtor recorreu até no Superior Tribunal de Justiça e ele perdeu em todas as instâncias. Agora o processo retornou para a Comarca de Sinop para que fosse cumprida a reintegração de posse, mas Paulo Martini já está fora do caso há oito anos.

“O Paulo fez uma decisão no processo em 2003 e foi confirmada em todas as instâncias. Agora o processo retornou para que seja cumprida a reintegração de posse e o Paulo está há quase 10 anos longe deste processo. Como não há mais recurso, só cabe a ele fazer greve de fome. Antigamente se via as pessoas ganharem na mão grande, no tapa, agora ele quer ganhar com a boca grande”, afirmou o magistrado em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Mirko também questiona o produtor por cobrar imparcialidade do Poder Judiciário. “Que imparcialidade ele quer da justiça? Ele perdeu em três instâncias e agora que tem de sair da terra ele cobra imparcialidade. Na verdade, ele não está tendo um conselheiro técnico para orientá-lo”, defendeu.

Questionado sobre as acusações de venda de sentença feitas por um grupo de advogados de Sinop, com o respaldo da OAB-MT, Mirko credita a ação dos juristas ao fato da presidente da subseção de Sinop da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Soraide Castro, possuir uma “inimizade” com o magistrado. Ele ainda ironiza o movimento.

“Grupo? A palavra grupo é midiática, que quer jogar e ver como isto irá refletir. Este grupo não enche os dedos de uma e não passa de três advogados”, zombou.

Mirko explicou ainda que Soraide acusa Paulo Martini de tê-la ameaçado, porém ele explica que o juiz enviou-lhe um vaso de flores com um bilhete pedindo o apaziguamento da briga entre eles. A atitude teria sido interpretada pela advogada como uma ameaça.

Sobre o fato da OAB-MT pedir o afastamento de Paulo Martini no CNJ, o vice-presidente da Anamages alega que primeiro é preciso respeitar as competências e antes de o CNJ investigar um magistrado tem de haver um procedimento na Corregedoria Geral da Justiça e, segundo ele, o caso já está sendo acompanhado pelo corregedor Márcio Vidal.

Giannotte informou que já existe um procedimento administrativo contra Martini devido à denúncia feita pela presidente da subseção da OAB de Sinop. Sobre as novas acusações de venda de sentença, a Corregedoria já solicitou informações preliminares ao juiz.
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