O produtor rural Clayton Arantes acusa o juiz da Comarca de Sinop Paulo Martini de ser o líder de uma verdadeira máfia de venda de sentenças naquele município, em um esquema que conta com a articulação até de advogados. Arantes está em greve de fome desde esta quinta-feira (20), em frete ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), contra o magistrado.

Em resposta às acusações do manifestante, Paulo Martini inroniza que o produtor deve estar confuso por causa da fome e que terá de provar as acusações.

“Ele é o capo de uma máfia em Sinop”, diz Arantes, que perdeu terras em uma disputa judicial julgada por Martini. “Todos os casos desses advogados (supostamente envolvidos no esquema) caem para o Paulo Martini e eles nunca perdem”, afirma.

O juiz negou as acusações em entrevista ao Olhar Direto por telefone. “Ele pode falar o que quiser, já perdeu o processo no TJ (Tribunal de Justiça), STJ (Superior Tribunal de Justiça) e não tem o que reclamar. Ele fala que eu sou mafioso, posso até ser mafioso de Deus. Mafioso que luta pela justiça e pelos cidadãos de bem”, afirmou por telefone.

Em entrevista recente ao Olhar, o juiz havia chamado o produtor de desequilibrado. “Posso até ser desequilibrado, mas não sou vendedor de sentença e nem bandido”, rebateu o produtor, que está acampado do outro lado da rua do TJMT, aguardando a vinda da ministra do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça, que deve acontecer na próxima quinta-feira (27) em Cuiabá.