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Sexta-feira, 14 de junho de 2024

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hospital veterinário

Médicos da UFMT reclamam do acesso de pessoas com animais doentes

Foto: Assessoria Adufmat

Professores rejeitaram esta semana proposta do governo federal em assembleia

Professores rejeitaram esta semana proposta do governo federal em assembleia

Embora favoráveis à greve dos professores e técnicos administrativos, profissionais do Hospital Veterinário do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) reclamam sobre a dificuldade de entrada das pessoas com animais na unidade hospitalar.


As guaritas da UFMT foram bloqueadas nesta quinta-feira (2) pela segunda vez nesta semana, como mecanismo de radicalização adotado pelos professores e técnicos, cuja greve dura 78 dias. O hospital atende em média cerca de 30 animais por dia, para cirurgias e consultas. Os profissionais cuidam de animais internados e têm plantão também.

"O caso que acompanhei hoje foi uma senhora, que tinha cadela de idade para fazer cirurgia e não deixaram ela entrar pela portaria principal. Ela teve que dar a volta. O animal estava em jejum. Por mais que ela tentou explicar, não deixaram", conta a médica veterinária Flávia Serra. "Ela chegou aqui revoltada".

A médica veterinária Andreza relata outro caso. "Uma pessoa precisou parar ontem na avenida Fernando Corrêa e vir a pé para trazer uma gata que teria cirurgia às 8 horas. Nós não somos contra a greve. Mas o hospital continua com atendimento básico. É um desrespeito o que estão fazendo e acredito que por lei isso seja proibido", denuncia.

Ela diz que quando do trancamento da guarita da instituição na terça-feira ocorreu também restrição à entrada das pessoas. Mas não houve nenhuma reação mais firme dos profissionais. Naquela ocasião, segundo apurou a reportagem, houve tumulto, mas todas as pessoas que se dirigiam ao campus conseguira entrar.

Greve

O professor Dorival Gonçalves, do comando de greve da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), nega que haja impedimento na entrada de pessoas.

“As pessoas não estavam impedidas de entrar. Nenhuma pessoa foi impedida de entrar”, defende. "Elas deixaram o veículo na entrada principal e entraram. Se você vir com uma câmera, vai ver que ao redor e na entrada do campus tem uma série de veículos”, explica. “Ninguém foi impedido, as pessoas foram a pé para os locais onde tinham que ir”, reforça.

Professores e técnicos estão em greve por reposição de perdas salariais e melhoria do ensino, entre outras reivindicações. Eles têm apoio de estudantes da UFMT e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMT).

O governo federal sinalizou aumentos escalonados até 2015 com reajuste de 19,65% a 39,53%, a depender das classes da categoria. Só nove professores doutores titulares, no caso da UFMT, teria ganho real de 7,53%, de acordo com dados da associação docente.

O sindicato local dos professores universitários (Adufmat) rejeitou a proposta na segunda-feira (30), ao alegar que o governo não considerou as perdas da inflação, estimada, segundo a direção do sindicato, em 32%, se considerada a referência de cálculos o mês de julho de 2010.

Em todo o Brasil, 57 universidades federais estão em greve.
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