O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), se manifestou publicamente, durante a sessão ordinária desta terça-feira (01/10), pela primeira vez, sobre denúncia de ‘venda de sentença’, formulada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE). “Recebo com surpresa a notícia da denúncia do Ministério Público em que me coloca como agente em negociação de compra de sentença, uma atividade que mais me ative, nunca sequer imaginei”, afiançou ele, em leitura de texto preparado por sua assessoria.

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“Sou de uma família de juristas e sei, antes de qualquer coisa, que o ônus da prova compete a quem acusa. Como sei que crime mesmo é tecer acusações sem qualquer base. Aceito a manifestação da denúncia pelo respeito que tenho nutrido ao Ministério Público, importante geração de garantias de direitos dos cidadãos”, ao lembrar que era colaborador do processo, na condição de testemunha.

“Me anteciparei porque sou por formação e como cidadão, um colaborador da Justiça, a quem confio e quem me entrego. A justiça sempre reina”, proclamou ele.

João Emanuel recorda as investidas contra a Câmara de Cuiabá e, principalmente, contra sua pessoas. “Têm sido permanentes, acidas e ruidosas. Considero tudo isso nocivo à democracia”, ao lembrar que o recrudescimento nos ataques ocorreu após decidir fiscalizar o Poder Executivo.

“A partir da nossa determinação e de todos nós de fiscalizar cumprir nosso dever constitucional, as investidas se tornaram mais agudas, mais fortes. Não sou poucos e já atravessamos e superamos, com a graças de Deus, alguns desafios originários dessas investidas”, declara ele.

João Emanuel disse não acredita que exista ‘venda de sentença’, no Poder Judiciário de Mato Grosso. “Eu não acredito que o Poder Judiciário trabalhe dessa forma”, assegura ele.

O presidente da Câmara lamenta que esteja ocorrendo “uma articulação para desestabilizar o papel fiscalizador do Parlamento cuiabano”. Ele reclama ainda que “ganhe corpo e tenha repercussão que não deveria ter, pois nunca me neguei e jamais me furtei em estar pronto para responder, como é o caso”.

“Continuaremos na direção do melhor para Cuiabá. Confio em Deus, primeiramente... Confio no Ministério Público e o respeito como instituição. Confio no Judiciário, confio em vocês e confio na melhor avaliação dos cidadãos cuiabanos”, completa João Emanuel.