A ex-senadora Serys Slhessarenko (PTB) não acredita que haja interesse eleitoral e motivação política na deflagração da Operação Ararath pela Polícia Federal, que investiga a atuação de empresas em fraudes e que envolveu o juiz federal Sebastião Julier.

“Polícia federal não faz busca e apreensão na casa de ninguém muito menos em gabinete de juiz federal. Isso por que politicamente alguém mandou? Não acredito. Quase morri de susto quando soube, mas não acredito em motivação política”, afirmou Serys ao Olhar Direto.

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Demonstrando ter ficado estarrecida com o episódio, ela admite estar confusa com as denúncias.
“Nada faz sentido e tudo faz sentido. Porque creio que só se faça busca e apreensão quando é um negócio muito grave, se existir algo que tenha provas absolutamente concretas, de gravação de conversas, de vídeos, tem que ter coisas concretas. Senão fica complicado”, ressaltou.

Cogitada para disputar o Senado em 2014, ela torce para que não seja verdade e que todas as denúncias sejam esclarecidas. Serys diz se sentir decepcionada com os repetidos casos de corrupção e venda de sentença envolvendo advogados e magistrados.

“Tomara que não seja verdade. Ou que seja verdade para justificar. Mas se não for verdade, ficarei mais feliz, pois realmente está demais esses casos de corrupção, venda de sentença em tudo que é canto. Isso nos deixa desanimados. Fiquei muito triste, pesarosa. Acredito que a justiça precisava ser blindada, no sentido de ter mais seriedade, honestidade”, sugeriu.

Sebastião Julier é um dos principais nomes para a disputa do governo do Estado em 2014 e negociava com diversos partidos sua filiação. Já flertou com PT, PMDB e PCdoB . Uma candidatura ao Senado pelo juiz não está descartada.