A Polícia Federal divulgou há pouco, uma nota onde informou que no dia de hoje (16), em que foi desencadeada a terceira fase da Operação Ararath, na verdade foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Sete deles foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, na cidade de Cuiabá e dois decorrentes das diligências efetuadas. A terceira fase da operação Ararath investiga crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
De acordo com informações da PF, entre os itens apreendidos estão diversos documentos, notebooks e outras mídias. O material apreendido será analisado e as investigações prosseguirão sob segredo de justiça.
Consórcio alvo da Operação Ararath da PF já recebeu R$ 8 milhões da Secopa
Construtora que comprou Encomind é alvo de operação da Polícia Federal
Polícia Federal deflagra terceira fase da Operação Ararath e cumpre mandados em três cidades
Dos mandados expedidos apenas dois foram para pessoas jurídicas, o restante dos alvos de hoje foram pessoas físicas.
Uma das empresas alvo de busca e apreensão foi o consórcio Planservi-Sondotécnica, instalada no primeiro andar do edifício Top Tower, localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça. O consórcio Planservi-Sondotécnica, responsável pelo gerenciamento de todas as etapas das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá-Várzea Grande, que foi alvo de busca e apreensão da PF na manhã desta segunda-feira, já recebeu R$ 8 milhões da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa).
A outra empresa alvo de busca e apreensão foi a Guaxe Construtora e Terraplanagem, instalada na cidade de Tangará da Serra, onde a polícia apreendeu um computador, um servidor, além de vários documentos. A empresa adquiriu em meados de 2012 a empresa Encomind Engenharia Com. e Indústria Ltda, que teria supostamente se beneficiado de decisões judiciais na esfera federal na tentativa de saldar dívidas tributárias. A Polícia Federal estaria investigando os trâmites que resultaram na aquisição da empresa.
A continuação
A segunda fase havia sido deflagrada há 20 dias. Os mandados foram cumpridos em uma residência no condomínio Florais em Cuiabá e outro em um escritório no edifício Top Tower, ambos de propriedade de Tiago Dorileo Vieira.
Tiago é neto do já falecido desembargador Ernani Vieira. As investigações referentes à Operação Ararath prosseguem sob segredo de Justiça pelo suposto envolvimento de magistrados.
Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal mediante autorização do desembargador do Tribunal Regional Federal, Luciano Tolentino Amaral, apontariam contatos entre o juiz federal Julier Sebastião e o lobista. Tiago teria autuado como intermediador para a concessão da decisão beneficiando a empreiteira Encomind.
