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Sábado, 18 de maio de 2024

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INVESTIGAÇÕES DA PF

Todos os poderes de Mato Grosso foram atingidos durante ações da Ararath

Foto: Danilo Bezerra / Olhar Direto

Todos os poderes de Mato Grosso foram atingidos durante ações da Ararath
A quinta fase da Operação Ararath colocou sob suspeição praticamente todos os poderes constituídos de Mato Grosso – somente o Poder Judiciário não sofreu busca e apreensão, nem registrou prisão pela Polícia Federal, nesta terça-feira (20). No entanto, ao longo das investigações, durante a 4ª fase da operação, executada em janeiro de 2014, o então juiz federal Julier Sebastião teve mandados de busca e apreensão cumpridos em sua residência e também em seu gabinete. A última fase da Ararath deflagrada nesta terça-feira teve efeito de uma bomba atômica no mundo político estadual e atingiu as maiores autoridades do Estado, desde o governador Silval Barbosa (PMDB),  passando pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) e deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), presidente afastado da Assembleia. A investigação ainda inclui o senador Blairo Maggi (PR), mas os pedidos de busca e apreensão contra o republicano não foram acatados pela Justiça.


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Cumprindo determinação do Judiciário, inclusive do Supremo Tribunal Federal (STF), por envolver congressista, a Polícia Federal prendeu Riva e o ex-secretário Eder Moras Dias, da Fazenda e Secopa. Ambos foram  recambiados para Brasília, no final da tarde de terça-feira (20).

Policiais federais entraram no apartamento de Silval Barbosa e casa de Mauro Mendes, cumprindo mandado de busca e apreensão. Também entraram na casa de José Riva, Sérgio Ricardo e Éder de Moraes, além das casas dos empresários Mauro Carvalho e Anildo Lima Barros, entre outros. Também houve busca e apreensão no Gaeco, responsável pelas principais investigações do Ministério Público de Mato Grosso, causando estranheza na opinião pública.

Foram realizadas buscas nas residências e gabinete de Silval Barbosa e Mauro Mendes. E, ainda, residências de José Geraldo e Janete Gomes Riva, conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e diversas empresas suspeitas de participação em esquema de lavagem de dinheiro.

Nesta quinta etapa da Operação Ararath, a PF teve de cumprir vários mandados de busca e apreensão e prisões. José Riva está afastado da presidência da Assembleia Legislativa desde março do ano passado, por determinação do Tribunal de Justiça do Estado.

A Operação Aratah, deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado, tenta desbaratar um esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de 'factorings' de fachada, supostamente empresas negociadoras de créditos. As suspeitas são de que o esquema teria movimentado mais de R$ 500 milhões.

Durante o cumprimento dos mandados, a Federal aprendeu documentos e dinheiro em residências e escritórios dos investigados. No entanto, a PF informou que ainda não foi contabilizada a quantia em dinheiro ou em cheques, apreendidos. Na etapa anterior da Ararath, a Polícia Federal apreendeu mais de R$ 126 milhões em cheques e notas promissórias.

De acordo com a PF, os envolvidos devem ser indiciados e poderão responder pelos crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e ocultação de bens, direitos e valores.

O esquema começou a ser investigado em 2011 e durante os trabalhos foi identificado que o grupo usava as factorings como fachada para a concessão de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas do estado, por meio de uma empresa com sede em Várzea Grande, que encerrou as atividades no ano passado.

Todavia, as empresas não tinham autorização do Banco Central para a concessão de empréstimos, tampouco para exigir garantiras e exercer qualquer atividade inerentes à instituição financeira. O dinheiro era movimentado nas contas das factorings e de outras empresas dos integrantes do esquema, entre elas de uma rede de postos de combustíveis de Cuiabá. Em seis anos, foram movimentados mais de meio bilhão de reais, conforme a polícia.
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