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Quinta-feira, 23 de maio de 2024

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'irrigação do sistema'

Deputado que aparece na lista de pagamentos de Eder Moraes diz que não recebeu dinheiro dele

Deputado que aparece na lista de pagamentos de Eder Moraes diz que não recebeu dinheiro dele
O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) afirma que não realizou nenhum empréstimo com o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, muito menos intermediado por ele. O nome do parlamentar consta da lista apreendida na casa do ex-secretário de Estado Eder Moraes, onde estavam relacionados o nome de vários deputados, prefeito e empresas com valores discriminados. Os documentos estão anexados na  decisão do juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso, Jeferson Schneider.


A abreviação ‘G. Maluf’ (supostamente deputado Guilherme Maluf) está atrelada a quantia de R$ 1,587 milhão. As anotações encontradas com Eder apontam como ele ‘alimentava o sistema’ (provável compra de apoio político, financiamento de campanha eleitoral e pagamentos de outros empréstimos tomados no ‘mercado financeiro paralelo’) por meio dos pagamentos efetuados a deputados estaduais, empreiteiras e até a um prefeito.

Documento aprendido com Eder na Ararath relacionava repasses a deputados, prefeito e empresas
Banco pirata de Mendonça abastecia campanhas eleitorais e compra de vaga no TCE

"Estou absolutamente tranquilo e a disposição da justiça e da sociedade para esclarecimento. Nunca fiz empréstimos com Eder e muito menos com qualquer banco clandestino", afirmou Maluf em nota.

Na relação aparecem anotações com valores e abreviaturas de nomes dos beneficiados. Ao lado a sigla ‘BM’, que na ação é interpretada como Blairo Maggi (PR), está descrita quantia de R$ 12 milhões. Ao ‘P. Muniz’ (interpretado como se fosse o prefeito de Rondonópolis Percival Muniz - PPS) está atribuída a quantia de R$ 2 milhões. Ao lado do nome ‘Dilceu’ (supostamente ex-deputado Dilceu Dal’Bosco - DEM) consta a quantia de R$ 1,6 milhão. Ao deputado Daltinho (SDD) estão atribuídos 2 valores: de R$ 900 mil e de R$ 600 mil. A ‘Fabris’ (Gilmar Fabris - PSD)consta o repasse da quantia de R$ 2 milhões.

Além desses estão anotados ‘A. Soares’ (ex-conselheiro do TCE Alencar Soares), com o valor de R$ 1,5 milhão; transferência para as empresas Gemini Construções Projetos Ltda, administrada pelo empresário Anildo Lima Barros, no valor de R$ 500 mi; Além de transferência à empresa Geosolo de R$ 5 milhões, supostamente para José Mura Júnior.

Na anotação de Eder constam ainda nomes e palavras soltas como “ação pública Rede/Cemat”, atreladas à palavra ‘controle’, “Tarso Genro” (ex-ministro da Justiça e atual governador do Rio Grande do Sul), "Pitta, Dantas e Cacciola", além de “Ministério Público”, “TCE”, “Polícia Federal e Receita Federal” atrelados à palavra ‘Monitoramento’ e equilíbrio fiscal.






Entenda o caso:

A quinta etapa da Operação Ararath, deflagrada na manhã de terça-feira (20) pela Polícia Federal em Cuiabá, dá uma noção do tamanho do esquema investigado em Mato Grosso contra crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli revela o funcionamento de uma instituição financeira “pirata” que abastecia campanhas eleitorais, “presenteava” autoridades e viabilizava até a compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado. O “banco clandestino” ainda auxiliava seus tomadores na ocultação da origem de recursos recebidos por empresas privadas.

Sofreram devassas em suas casas e/ou gabinetes nesta terça-feira o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Secopa, Eder Moraes (PMDB); governador Silval Barbosa (PMDB); deputado estadual e presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD); prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB); conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado Humberto Bosaipo; conselheiro do TCE e ex-deputado estadual Sérgio Ricardo e o promotor de justiça e membro do Gaeco Marcos Regenold Fernandes.

Dos pedidos de busca e apreensão solicitados pelo Ministério Público Federal e pela Procuradoria-Geral da República, Dias Toffoli só não acatou os mandados contra a casa e a empresa Amaggi, do senador Blairo Maggi (PR), que era governador do Estado durante o período em que o esquema foi identificado, em 2005, e que teria seguido até 2013, já sob a administração de seu sucessor, Silval Barbosa (PMDB).

As quatro primeiras etapas da Ararath apontam que o empresário Gercio Marcelino Mendonça Junior, o Júnior Mendonça se utilizou de sua empresa de factorind Globo Fomento Mercantil e depois de sua rede de postos de combustíveis Comercial Amazônia Petróleo para operar, sem autorização do Banco Central do Brasil, concedendo empréstimos de vulto a pessoas físicas e jurídicas, com tomada de garantias e cobrança de juros.

Mendonça optou por fazer delação premiada à Polícia Federal e seus depoimentos, junto ao que já havia sido apreendido nas etapas anteriores da operação, basearam a quinta fase da Ararath.
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