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Sábado, 04 de maio de 2024

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depois da PF...

"Deram muito poder para um louco", diz presidente da Assembleia sobre Eder Moraes

“Em nenhum momento, eu acho, que neste mandato ele [ex-secretário Eder Moraes (PMDB)] comprou apoio político aqui dentro da Assembleia. Acho que deram poder para um louco e louco você não tem que analisar, só o psiquiatra. Acho que no governo Blairo deram muito poder pra um louco, maluco”.


A avaliação acima sobre os desdobramentos da Operação Ararath que acabaram resvalando na Assembleia Legislativa e por consequência sobre a atuação do ex-secretário Eder Moraes em todo o esquema, foi feita pelo presidente da Casa de Leis estadual, Romoaldo Júnior (PMDB).

Documento aprendido com Eder na Ararath relacionava repasses a deputados, prefeito e empresas
Eder tentou persuadir Mendonça a 'blindar' Maggi, culpando Silval e deputados por 'esquema'

O deputado lembra que Eder foi um dos primeiros desafetos dele tão logo assumiu seu primeiro mandato como parlamentar.

“Tudo isso que foi aventado na Operação Ararath aconteceu antes de eu estar aqui, quando eu ainda estava no Nortão. Mas o Éder foi um dos meus primeiros desafetos quando eu cheguei, porque ele queria ter superpoderes e eu questionava isso. Ele queria ser chefe da Casa Civil e secretário da Secopa ao mesmo tempo e eu dizia que ele não podia acumular poder, quem tem que acumular poder é o governador que foi eleito para isso, mas, o que tenho a dizer é isso, deram muito poder para um louco”, relembrou.

Apesar de classificar o ex-secretário como um louco, Romoaldo afirma que as listas encontradas com ele tem que ser apuradas. Ele crê que Eder usava desses documentos para se fortalecer.

“Acho que essas listas têm que ser apuradas. Louco guarda coisas até embaixo da cama achando que aquilo pode ser um remédio. Vai ver que ele achou que guardando coisas de todo mundo ele poderia se fortalecer. Tem que esperar o final do processo, tudo está começando e que vem muito mais coisas por aí”, dispara.

Eder Moraes e a Ararath

As investigações apontam que o ex-secretário de Estado Eder Moraes seria um pilar do esquema, fazendo a interlocução entre Júnior Mendonça e a classe política. O peemedebista foi preso pela Polícia Federal e encaminhado para Brasília para que não atrapalhasse as investigações por gozar de forte influência em Mato Grosso

Eder de Moraes Dias, de acordo com a PGR, e MPF mesmo após o início das apurações das condutas ilícitas que lhe são atribuídas, vinha colocando em risco a instrução processual e convulsionando a própria ordem pública. São investigados indícios de que Eder teria falsificado um requerimento do Ministério Público Federal, de lavra do procurador da república Thiago Lemos de Andrade, em que supostamente se postularia a decretação de prisão preventiva em seu desfavor.

O documento foi apreendido em sua residência e revela a intenção dele mobilizar pessoas influentes para protegê-lo contra a investigação em curso.

Eder teria tentado também persuadir o empresário Júnior Mendonça, delator de todo esquema que culminou na Operação, para que direcionasse sua delação à Polícia Federal no sentido de protegê-lo e "blindar" o ex-governador e atual Senador da República, Blairo Maggi (PR) de fatos que poderiam vir à tona, ainda desconhecidos, em razão do curso das investigações, jogando toda a ‘culpa’ no governador Silval Barbosa (PMDB) e em deputados, como por exemplo, o José Riva (PSD).

“O depoente (Júnior Mendonça) afirmou a Eder Moraes que iria depor à Polícia Federal, mas diria a verdade. Sendo que Eder Moraes solicitou que o Depoente blindasse o Blairo Maggi e jogasse a culpa no Silval e nos deputados do "Sistema"; Que por exemplo dos Deputados do "Sistema", os Deputados José Riva, Mauro Savi, Sérgio Ricardo (então Deputado' Estadual) e Outros; Que o depoente não concordou com a Proposta; (...)";..termo de declaração prestado em 24/02/2014.”, consta do relatório da Polícia Federal com a transcrição do depoimento de Mendonça.

Na tentativa ainda de persuadir Mendonça, Eder Moraes teria garantido a ele que Silval teria colocado oito pessoas (a quem chama de elementos) para monitorá-los. Júnior afirmou a Polícia que Eder não mencionou o nome do promotor de Justiça que seria o responsável por facilitar o seu acesso ao Gaeco. “Eder Moraes relatou que a Procuradora da República Vanessa e o Delegado Wilson não participariam da reunião pois as negociações da delação estariam em outra "alçada”, consta do depoimento.

Consta da ação, que conclusão de Mendonça chegou e afirmou à Polícia Federal, era de que Eder Moraes tinha intenção de blindar de Blairo Maggi, inclusive pelas entrevistas prestadas por Eder Moraes após o cumprimento de busca e apreensão em sua residência; QUE o Depoente entende que as entrevistas são ameaças veladas pois EDER MORAES relatou que em Brasília foi por ele solicitado que não mexessem com sua família e blindassem sua candidatura a deputado Estadual em 2014; Que Eder Moraes teria relatado ao Depoente que teve sorte de ir a Brasília para blindar sua família e sua candidatura e que e o depoente teve a sorte de ser incluído nesse acordo”, mais uma vez deixa claro Mendonça em depoimento sobre as tentativas de Eder de convencê-lo a ‘blindar’ Maggi.

Na ação o Ministério Público Federal afirma que diante desse quadro é possível concluir, sem sombra de dúvida que Eder, valendo-se de seu "prestígio e influência" decorrentes do fato de ter exercido funções de destaque do Governo do Estado de Mato Grosso, entre elas as de Secretário de Estado de Fazenda, Secretário Extraordinário para a Copa do Mundo Fifa 2014 (SECOPA)e Chefe da Casa Civil, e da delação criada com o Ministério Público Estadual, especificamente com o integrante do GAECO, Promotor de Justiça Marcos Regenold (com conhecimento e. por intermédio do Procurador-Geral de Justiça, Paulo Prado, o qual fez o contato inicial com o Superintendente Regional da PF), tentou influenciar, de forma ilegal, os rumo da investigação em curso na Superintendência Regional de Polícia Federal.
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