Olhar Direto

Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Política MT

SEM LAÇOS DE AMIZADE

Silval confirma conhecer Mendonça como “dono de banco”, nega amizade e não assume aval em nota promissória

Foto: Josi Pertengil / Secom-MT

Silval confirma conhecer Mendonça como “dono de banco”, nega amizade  e não assume aval em nota promissória
A existência de uma nota promissória de R$ 702 mil na Globo Fomento Mercantil Limitada, supostamente tendo o governador Silval Barbosa (PMDB) como avalista, não o coloca como suspeito na Operação Ararath. A avaliação partiu do próprio Silval, durante entrevista coletiva neste terça-feira (03), ao confirmar que conhecia o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o conhecido Júnior Mendonça, como ‘dono de banco’, e assegurar que nunca foram amigos.


“Obviamente que eu conheço o senhor Júnior Mendonça. Todo empresariado de Mato Grosso o conhece como ‘dono de banco’. Mas nunca fomos amigos. Nem tivemos um laço [de amizade] em qualquer período”, afirmou Silval.

O governador não quis assumiu se foi ou não avalista de uma nota promissória de R$ 702 mil, durante a campanha eleitoral de 2010, encontrada pela Polícia Federal, durante execução de mandado de busca e apreensão da Operação Ararath, no cofre da Globo Fomento Mercantil Limitada. A PF assegura que a assinatura é de Barbosa. Ele não confirmou tampouco negou, avisando que irá responder ao ministro José Dias Tóffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Enquanto trocava olhares com os advogados Valber Melo e Francisco Faiad, num canto da ante-sala do seu gabinete, o governador recorreu várias vezes à tese de que o processo está “sob segredo de justiça”.

“Eu não posso desafiar o Poder Judiciário, que colocou todo o processo sob segredo. Confio na Justiça e tudo será esclarecido, a seu tempo”, pontuou ele, para a reportagem do Olhar Direto.

Júnior Mendonça era proprietário da Globo Fomento Mercantil e da rede de postos de combustíveis Comercial Amazônia Petróleo, entre outras empresas. Alguns o consideravam sucessor do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso em 2003 na Operação Arca de Noé, que comandou o crime organizado em Mato Grosso e era o principal ‘banco alternativo’ para empréstimos em campanha eleitoral.

Sucessor de Arcanjo

Em 2006 e, principalmente, em 2010, Gércio Marcelino Mendonça Júnior contribuiu decisivamente para o financiamento de campanhas eleitorais de vários candidatos a diferentes cargos. Alguns foram eleitos e, segundo investigação da Operaração Ararath, ainda acumulam dívidas com Júnior Mendonça.

As investigações referentes à operação Ararath tiveram início a partir de notícia-crime relacionada à operação clandestina de instituição financeira desempenhada por Júnior Mendonça, então à frente da factoring Globo Fomento Mercantil e da Comercial Amazônia Petróleo.

Júnior estaria “lavando” dinheiro, com atuação “extremamente lesiva” ao sistema, tendo em vista as vultosas somas que tramitam à margem do sistema financeiro oficial, afetando a ordem econômica e financeira (em sentido lato) e prejudicando, inclusive, outras empresas de fomento que estejam agindo dentro da legalidade e bancos oficiais.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet