O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) anunciou que está fora da disputa interna por uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Mato Grosso. “Eu estive no [prédio do] TCE, olhei bem e constatei que é realmente um lugar triste. Funcionário não olha sequer no rosto do conselheiro. Além do mais, se você [for conselheiro], não pode falar com prefeito nem com vereador, porque passa a ser considerado suspeito, quando for emitir parecer no julgamento das contas dele. Eu não dou conta de viver assim”, afirmou Fabris, na manhã desta quinta-feira (11), durante entrevista à Rádio Folha Mix FM (94,3).
 
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Desta forma, a batalha interna no Partido Social Democrata para indicar o sucessor do conselheiro Humberto Melo Bosaipo, que renunciou à cadeira do TCE, coloca como favorita a ex-candidata a governadora pelo PSD, dona Janete Riva.

Porém, também estão no páreo o próprio presidente da Assembleia Legislativa,   deputado José Geraldo Riva (PSD),  marido de Janete; o governador Silval Barbosa (PMDB) e o deputado estadual José Domingos Fraga Filho (PSD), ex-prefeito de Sorriso por três mandatos. Eles correm por fora.
 
Impedido de se aposentar por determinação da Justiça de Mato Grosso, em primeira instância, Humberto Bosaipo renunciou ao cargo de conselheiro do TCE e abriu a vaga. Agora, ele vai brigar pela aposentadoria no Poder Judiciário.
 
“De fato, eu tinha pretensão [de ser conselheiro do TCE], com apoio dos amigos e dos companheiros da Assembleia. Quem também tinha pretensão era o deputado Zé Domingos Fraga Filho, que me convenceu que era melhor eu ser deputado”, lembra Fabris.
 
Na próxima legislatura, conforme a reportagem do Olhar Direto divulgou em primeira mão, Gilmar Fabris será deputado estadual na vaga aberta com o falecimento do deputado estadual reeleito Walter Machado Rabello Júnior (PSD). É o sexto mandato de Fabris, que já foi presidente (1995-97), no Poder Legislativo de Mato Grosso.
 

 
Doação à família
 
Gilmar Fabris anunciou que, na primeira semana de janeiro de 2015, fará uma procuração no Cartório para as cinco filhas de Walter Rabello Júnior receberem o salário R$ 18 mil de deputado estadual por quatro anos. “Tudo que eu receber, como salário de deputado, vai para a família do Walter. Tenho certeza, por conhecer bem o Walter, que a família não tem grandes posses. É  muito humilde. E o salário vai ajudar e muito a família do Walter”, afirmou ele.
 
“Porque tornei isso público? Porque desejo ser cobrado. Antes de começar a próxima legislatura, vou fazer a procuração para família. Querem me atacar, dizendo que é demagogia. Mas eu não estou fazendo para a população nem para a imprensa, mas, para o meu amigo Walter”, resumiu Fabris.