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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Mulher barrada em tomografia por estar acima do peso consegue marcar exame

Na próxima segunda-feira, dia 15 de março, a teleoperadora Andréia da Silva Ferreira, de 32 anos, deve finalmente ser submetida a uma tomografia de crânio para saber por que sente tantas dores e “queimações” na cabeça, como ela define o problema. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Beneficência Portuguesa, na região central de São Paulo, o exame deve ocorrer pela manhã.


Nesta quarta-feira (10), depois de o G1 revelar que Andréia foi “barrada” em outro hospital porque o tomógrafo não suportava o peso dela, a Secretaria estadual de Saúde pediu à equipe da Beneficência que marcasse o exame. A confirmação do pedido foi divulgada em uma nota à imprensa no fim da tarde.

Com 135 kg, a teleoperadora contou que não poderia fazer a avaliação na cabeça porque a máquina do Hospital Mário Covas, em Santo André, no ABC, só agüentava até 120 kg. "Estou muito contente. Agora tenho esperanças. Eu me sinto incluída, também tenho meus direitos", afirmou Andréia, assim que soube da marcação do exame para o dia 15.

O caso dela ocorreu em 25 de fevereiro, dia em que a moça disse ter ouvido de um enfermeiro: “Não tem como fazer o exame porque a máquina não te aguenta. Não tem jeito”. A teleoperadora informou que se sentiu humilhada e teve que voltar para casa sem fazer a tomografia. Segundo ela, as dores na cabeça a atormentam desde novembro.

Pressão alta

em entrevista na segunda (8), apesar de relatar ter sido a primeira vez que foi “barrada” ao tentar fazer um exame, Andréia contou que, em muitas ocasiões, se sentiu humilhada em consultas médicas. “Certa vez, um médico disse que minha pressão era muito alta porque eu era obesa e negra”, lembrou Andréia, ressaltando que um pico de pressão dela pode chegar a 27 por 13 (o ideal é 12 por 8 em pessoas sem problemas de saúde).

Para driblar a enxaqueca, a teleoperadora tem uma tática: “Eu ando com água congelada na bolsa para colocar na cabeça durante o dia porque sinto uma queimação”. A mulher disse ter “implorado” em novembro ao clínico de um posto de saúde de Ribeirão Pires para que fizesse o pedido do exame, previsto apenas para 25 de fevereiro. Andréia disse que não reclama de ser obesa, mas de ter sido maltratada por isso. “Eu me senti abandonada.”
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