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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Polícia ouvirá rivais de ferido em explosão no Rio; rapaz morreu

A Polícia Civil do Rio afirmou na noite desta quinta-feira que não descarta a hipótese de que a explosão no carro de Rogério Andrade --que o feriu e matou seu filho de 17 anos-- tenha sido motivado por disputas pelo controle do jogo ilegal no Rio.


De acordo com Carlos Oliveira, subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Iggnácio, que é acusado de chefiar um grupo criminoso rival ao de Andrade, será interrogado pela polícia, assim como outros supostos inimigos do contraventor.

Carros ficam destruídos após explosão no Rio; rapaz morreu e pai ficou ferido
Oliveira disse que a explosão ocorreu por volta das 12h30, e o caso foi registrado na Divisão de Homicídios como tentativa de homicídio, no caso de Andrade, e homicídio, no caso do filho.

Os dois estavam sozinhos no carro, um Toyota Corolla blindado, que era dirigido pelo adolescente. Dois seguranças estavam em um Vectra, que foi atingido pela explosão, e outros três estavam em outro carro, que não foi atingido. Os cinco seguranças, que também são policiais militares, prestarão depoimento.

Andrade já foi ouvido no hospital Barra D'Or, onde está internado, mas estava atordoado e não forneceu informações precisas. Um homem que foi arremessado da sua moto pelo impacto da explosão também está sendo investigado pela polícia.

Laudo

A polícia ainda não tem informações sobre a autoria ou o motivo do ataque, que tipo de artefato explosivo foi usado, e se ele estava plantado ou se foi lançado.

De acordo com Oliveira, o epicentro da explosão foi no centro do carro, por isso não foi descartada a hipótese de que o artefato poderia até estar sendo manuseado pelas vítimas.

A polícia aguarda um laudo do Esquadrão Antibomba, que deve ficar pronto em duas semanas, com informações detalhadas da explosão.

Uma câmera da CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego) que monitora a avenida das Américas não estava funcionando no momento da explosão, por isso não registrou o que ocorreu. De acordo com a companhia, a câmera voltou a funcionar somente após a explosão.

Caça-níqueis

Rogério Andrade é apontado pelo Ministério Público como um dos chefes da máfia dos caça-níqueis no Rio. Em 2009, ele foi condenado pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro a 18 anos de prisão por formação de quadrilha armada, corrupção ativa e contrabando, mas pode recorrer em liberdade.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Andrade e Fernando Iggnácio chefiavam grupos criminosos cuja rivalidade pelo domínio do jogo ilegal causou dezenas de mortes na zona oeste. Os dois teriam ligação com o bicheiro Castor de Andrade, morto em 2007: Iggnácio é genro e Andrade é sobrinho do contraventor.

Segundo a denúncia, os acusados atuariam em duas organizações criminosas formadas por bicheiros, policiais militares e civis, contadores, advogados e um jornalista.
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