Em sete comunidades do Rio de Janeiro, haverá demolição de casas em áreas de risco. Até as 13h desta segunda-feira (12), seis residências no morro do Urubu, em Pilares, no Rio de Janeiro, já foram derrubadas, segundo o subprefeito da zona norte, André Santos, que está acompanhando as demolições. O trabalho de remoção dos moradores da comunidade começou no último domingo (11), na parte da manhã, e deve durar até as 17h, pelos próximos 15 dias.

A Defesa Civil já interditou 250 casas na comunidade e muitas pessoas ainda procuram a prefeitura – que montou duas barracas no local - para que seja feita uma inspeção, como a operadora de telemarketing Antonia Cláudia Martins.

- Minha casa está com rachaduras, a água entrou quando choveu. A infiltração está pior do que já estava. Não fui trabalhar hoje para que possam vir e checar a situação.

A vizinha de Antonia, a estudante Jurema Martins de Oliveira, também está à espera de algum engenheiro para saber se sai de casa ou não.

- Alguém da prefeitura veio aqui, olhou rapidinho, nem sequer passou da cozinha, e disse para eu arrumar as minhas coisas logo e sair. Mas não sei o que faço, quero poder deitar e dormir, não quero morrer dormindo.

O secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, diz que muitos moradores estão pedindo a inspeção da Defesa Civil e que a população tem sido bastante compreensiva.

- As próprias pessoas não querem ficar em uma área de risco e o prefeito, [Eduardo Paes] já afirmou que isso não será aceitável. É natural que o morador tenha carinho pela sua casa, mas com diálogo ele acaba entendendo que é melhor não ficar. Estamos contando com o apoio da liderança comunitária e de todos aqui. Por enquanto, não enfrentamos qualquer tipo de resistência, mas se for o caso, vamos ter que agir.

Para ajudar com a mudança das famílias, 20 homens da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) estão à disposição dos moradores, assim como outros 30 da Secretaria de Conservação. O destino dos pertences fica a cargo de cada um, mas de acordo com o subprefeito André Santos, a maioria prefere levar para casa de parentes.

- Quem não tiver para onde levar as coisas, providenciamos um caminhão e deixamos tudo em um galpão, na rua Cardoso de Moraes