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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Operação da PF prende presidente da Vila Isabel e mais 17 no Rio

A operação Alvará da Polícia Federal contra a máfia dos caça-níqueis prendeu 18 pessoas nesta terça-feira no Rio. Segundo a PF, entre os presos está o presidente da escola de samba Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, conhecido como Moisés.


Presidente da escola de samba Vila Isabel é preso

Também foram presos um assessor da presidência da escola de samba Vila Isabel e dois diretores, além de seis policiais militares e um civil.

Para a operação, a Justiça expediu 51 mandados, sendo 29 de prisão, durante a operação deflagrada em Niterói, São Gonçalo, Copacabana (zona sul do Rio) e Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), na manhã de hoje.

A polícia apreendeu R$ 386 mil durante as buscas. Desse montante, R$ 42 mil foram localizados na casa do presidente da Vila Isabel, apontado como chefe da máfia das máquinas caça-níqueis nas cidades de São Gonçalo e Niterói. A maior apreensão, no valor de R$ 115 mil ocorreu na casa do policial civil.

Segundo o superintendente da PF, Ângelo Gioia, as investigações começaram há dois anos e identificaram entre os criminosos um major da PM que já foi chefe do Setor de Inteligência do 7º Batalhão em São Gonçalo, José Antônio Ricardo da Silva Ramos.

Os policiais também foram cumprir um mandado de busca e apreensão no escritório do capitão Guimarães (Ailton Guimarães Jorge), acusado de comandar a máfia dos caça-níqueis em todo o Estado, no bairro Ingá em Niterói, mas ele não foi localizado.

De acordo com o superintendente da PF, eram usados selos que funcionavam como uma espécie de alvará da quadrilha. Quem não tivesse o selo, não poderia ter a máquina no seu estabelecimento.

"A banca de bicheiro dividiu o Estado e deu para alguns de seus membros um ou mais municípios. Em Niterói e São Gonçalo coube ao Moisés da Vila Isabel explorar as máquinas caça-níqueis. Toda pessoa que quisesse explorar os maquineiros, que é quem arca com o ônus da empreitada e que paga o comerciante e a propina dos policiais tem que pagar também à banca", disse o delegado da PF Marcos Aurélio Costa de Lima, responsável pelas investigações.

Segundo o delegado, os comerciantes tinham lucro entre 15% e 20% com os selos que eram renovados mensalmente. "Esse selo serve para identificar o maquineiro como habitado pela banca e também o maquineiro que esta em dia".

O superintendente da PF lamentou a participação dos policiais no esquema criminoso. "Lamentavelmente os policiais participavam dando segurança ao esquema criminoso contravencional e por vezes vazando informações de operações da própria policia. Alguns vendiam apenas informações, outros pressionavam os comerciantes endividados a pagar o selo", afirmou Ângelo Gioia.

Outro lado

Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da escola de samba Vila Isabel disse que a agremiação não irá se pronunciar sobre as prisões.
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