Após a saída do deputado José Domingos Fraga Filho (PSD) e o recuo do líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB), o deputado estadual Coronel Pery Taborelli (PV) passou a ser o mais cotado para presidente da CPI do Ministério Público de Mato Grosso. O Colégio de Líderes se reúne com os membros da CPI na noite desta quarta-feira (9) para definição da Relatoria e da Presidência.
 
“É essencial que haja bom senso e sabedoria. Vamos reunir depois das 17 horas pra resolver isso[presidente e relator] e, enfim, instalar a CPI”, definiu o presidente da Assembleia, deputado Guilherme Maluf (PSDB).
 
Nos bastidores, existem rumores de que há temor de represálias futuras, de parte do MPE, contra quem fizer parte da CPI. Maluf negou e observou que inexiste pressão de quaisquer áreas para que este ou aquele parlamentar faça parte da CPI. “Os deputados estão conscientes da missão que possuem. E temos o máximo de responsabilidade, como o caso exige”, emendou Maluf.

Citado para ser presidente ou relator, o deputado Baiano Filho (PMDB) desconversou para reportagem do Olhar Direto. “Eu não tenho tempo. O atendimento às minhas bases consomem todo o meu trabalho”, ponderou Baiano Filho, que atende parte do Nortão e o Vale do Araguaia – Nordeste de Mato Grosso.
 
O deputado Zé Carlos do Pátio (SD) disse que deseja ser apenas membro e negou qualquer interesse na relatoria ou presidência da CPI.  “Em nenhum momento reivindiquei nada. Tem que deixar quem deseja trabalhar”, emendou Zé do Pátio, numa defesa indireta de Coronel Taborelli.

A deputada Janaína Riva (PSD) não quis emitir opinião sobre a composição da CPI. “Não vou falar nada. Já assinei para a criação e manifestei a minha opinião: estou impedida de participar da CPI do Ministério Público”, resumiu Janaína, filha do ex-deputado José Geraldo Riva.