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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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irrigação do 'sistema'

Documento aprendido com Eder na Ararath relacionava repasses a deputados, prefeito e empresas

Documento aprendido com Eder na Ararath relacionava repasses a deputados, prefeito e empresas
Anotações encontradas na casa do ex-secretário de Estado do ex-governador Blairo Maggi (PR) e do governador Silval Barbosa (PMDB), Eder Moraes, apontam como ele ‘alimentava o sistema’ (provável compra de apoio político, financiamento de campanha eleitoral e pagamentos de outros empréstimos tomados no ‘mercado financeiro paralelo’) por meio de pagamentos efetuados a deputados estaduais, empreiteiras e até a um prefeito.


Consta do inquérito 6407/33 de 2014 da Justiça Federal que Eder, preso na terça-feira (20) na quinta fase da Operação Ararath’, irrigava o que ele chamava de ‘sistema’, por meio de repasses dessas quantias vultuosas.

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Na relação aparecem anotações com valores e abreviaturas de nomes dos beneficiados. Ao lado a sigla ‘BM’, que na ação é interpretada como Blairo Maggi, está descrita quantia de R$ 12 milhões. À abreviação ‘G. Maluf’ (supostamente deputado Guilherme Maluf) está atrelada a quantia de R$ 1,587 milhão. Ao ‘P. Muniz’ (interpretado como se fosse o prefeito de Rondonópolis Percival Muniz) está atribuída a quantia de R$ 2 milhões. Ao lado do nome ‘Dilceu’ (supostamente ex-deputado Dilceu Dal’Bosco) consta a quantia de R$ 1,6 milhão. Ao deputado Daltinho estão atribuídos 2 valores: de R$ 900 mil e de R$ 600 mil. A ‘Fabris’ (Gilmar Fabris)consta o repasse da quantia de R$ 2 milhões.



Além desses estão anotados ‘A. Soares’ (ex-conselheiro do TCE Alencar Soares), com o valor de R$ 1,5 milhão; transferência para as empresas Gemini Construções Projetos Ltda, administrada pelo empresário Anildo Lima Barros, no valor de R$ 500 mi; Além de transferência à empresa Geosolo de R$ 5 milhões, supostamente para José Mura Júnior.
Na anotação de Eder constam ainda nomes e palavras soltas como “ação pública Rede/Cemat”, atreladas à palavra ‘controle’, “Tarso Genro” (ex-ministro da Justiça e atual governador do Rio Grande do Sul), "Pitta, Dantas e Cacciola", além de “Ministério Público”, “TCE”, “Polícia Federal e Receita Federal” atrelados à palavra ‘Monitoramento’ e equilíbrio fiscal.

Entenda o caso:

A quinta etapa da Operação Ararath, deflagrada na manhã de terça-feira (20) pela Polícia Federal em Cuiabá, dá uma noção do tamanho do esquema investigado em Mato Grosso contra crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli revela o funcionamento de uma instituição financeira “pirata” que abastecia campanhas eleitorais, “presenteava” autoridades e viabilizava até a compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado. O “banco clandestino” ainda auxiliava seus tomadores na ocultação da origem de recursos recebidos por empresas privadas.

Sofreram devassas em suas casas e/ou gabinetes nesta terça-feira o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Secopa, Eder Moraes (PMDB); governador Silval Barbosa (PMDB); deputado estadual e presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD); prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB); conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado Humberto Bosaipo; conselheiro do TCE e ex-deputado estadual Sérgio Ricardo e o promotor de justiça e membro do Gaeco Marcos Regenold Fernandes.

Dos pedidos de busca e apreensão solicitados pelo Ministério Público Federal e pela Procuradoria-Geral da República, Dias Toffoli só não acatou os mandados contra a casa e a empresa Amaggi, do senador Blairo Maggi (PR), que era governador do Estado durante o período em que o esquema foi identificado, em 2005, e que teria seguido até 2013, já sob a administração de seu sucessor, Silval Barbosa (PMDB).

As quatro primeiras etapas da Ararath apontam que o empresário Gercio Marcelino Mendonça Junior, o Júnior Mendonça se utilizou de sua empresa de factorind Globo Fomento Mercantil e depois de sua rede de postos de combustíveis Comercial Amazônia Petróleo para operar, sem autorização do Banco Central do Brasil, concedendo empréstimos de vulto a pessoas físicas e jurídicas, com tomada de garantias e cobrança de juros.

Mendonça optou por fazer delação premiada à Polícia Federal e seus depoimentos, junto ao que já havia sido apreendido nas etapas anteriores da operação, basearam a quinta fase da Ararath.
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