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Sexta-feira, 24 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Greves provocam "apagão" em rodovias e hospitais no fim de semana

A onda de greves dos servidores públicos federais deve causar transtornos para a população neste domingo. Com apenas 30% dos policiais rodoviários federais trabalhando e com os hospitais particulares sem 75% dos remédios e insumos, os maiores problemas devem se concentrar nas rodovias e hospitais.


A greve da PRF (Polícia Rodoviária Federal) começou na última semana e não tem data para acabar. Os representantes dos sindicatos de todo o País se reúnem na próxima segunda-feira (27) para analisar a proposta do governo, mas não há sinalização ainda para o fim do movimento.

Durante a paralisação, apenas 30% do efetivo vai trabalhar nas rodovias federais. Motoristas devem redobrar o cuidado para evitar acidentes. A fiscalização rotineira será suspensa e o trabalho de combate aos crimes como o roubo de cargas, tráfico de drogas, contrabando, descaminho, sonegação de impostos, exploração sexual de crianças e adolescentes e crimes de trânsito ficará prejudicado.

Só serão atendidos acidentes com vítimas e, em nenhum caso, o boletim de ocorrência será emitido na hora. Com isso, os motoristas que se acidentarem devem ter problemas para acionar o seguro do veículo, que exige o documento, e precisam colher o máximo de provas possíveis, para evitar maiores transtornos.

É preciso que o motorista tenha o máximo de provas possíveis, como panfletos da categoria, notícias sobre a greve e tentar fazer o boletim com os policiais, tirando, inclusive, fotos ou gravando a recusa dos agentes. Em relação ao acidente, tirar fotos do carro e pegar o contato de testemunhas também pode ajudar. Quem puder, deve também tentar registrar a ocorrência na cidade mais próxima da rodovia.

Sem remédios

Nos hospitais, a situação deve continuar crítica para pacientes que dependem de remédios e insumos. O último levantamento divulgado pela ANPH (Associação Nacional de Hospitais Privados) aponta que 75% dos hospitais já enfrentam problemas de abastecimento agora ou para as próximas semanas devido à greve da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de outras instituições do governo federal.

Faltam remédios essenciais para tratamento médico em diversas regiões do País, em sua maioria, insumos hospitalares importados, como reagentes, materiais descartáveis e produtos farmacêuticos.

Os estoques também variam entre as unidades. Sobre a falta de quimioterápicos, fios cirúrgicos, equipamentos de soro, entre outros, a associação relatou apoio da Anvisa para a solução do problema.

Negociações

O governo está negociando com mais de 30 categorias há duas semanas, mas as paralisações continuam em diversos setores estratégicos do governo.

Os professores de universidades federais continuam num impasse, com as negociações suspensas pelo MEC (Ministério da Educação). O Itamaraty tem 38 postos no exterior com adesão à greve dificultando a emissão de vistos estrangeiros e documentos como certidão de nascimento, casamento e óbito.

A Polícia Federal também decidiu manter a greve e nos próximos dias a situação pode voltar a ficar difícil nos aeroportos e fronteiras.

A proposta do governo é praticamente a mesma para todas as categorias: 15,8% de reajuste pagos nos próximos três anos, a partir de 2013. O último prazo para acordos é a próxima sexta-feira (31), quando o Ministério do Planejamento envia para o Congresso Nacional a Lei Orçamentária para o próximo ano, com as previsões de gastos.
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