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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Investigados por esquemas de corrupção, oficiais da Polícia Militar têm prisões revogadas

RIO — Trinta policiais militares presos por participação em esquemas de corrupção na corporação tiveram a liberdade concedida pela Justiça. Entre eles, estão o coronel Alexandre Fontenelle, ex-chefe do Comando de Operações Especiais (COE), e o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, que comandava o 17º BPM (Ilha do Governador). O major João Jacques Busnello, diretor do Batalhão Especial Prisional (BEP), disse, nesta sexta-feira, que aguardava apenas os alvarás de soltura serem expedidos pela Justiça para liberar os policiais.

Beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio na quinta-feira, Fontenelle tinha sido preso em setembro na Operação Amigos S/A. Ele é acusado de chefiar uma quadrilha de PMs do 14º BPM (Bangu) que receberia propinas de mototaxistas, comerciantes e empresários. Segundo a decisão do desembargador Paulo de Oliveira Lanzellotti Baldez, da Quinta Câmara Criminal, o pedido de revogação de prisão foi feito por outros cinco réus no processo, mas a decisão foi estendida a todos os 19 acusados pelo crime de formação de quadrilha. Durante a operação, em setembro, 24 PMs foram presos.

Na decisão, o desembargador Paulo de Oliveira alega que, “para garantir a eventual aplicação da lei penal, em se tratando, como dito, de réus primários, de bons antecedentes e com residência fixa”, é necessário que os acusados compareçam periodicamente ao Fórum e não se ausentem do Rio por mais de oito dias sem autorização judicial.

Pelas investigações de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado o grupo achacava mototaxistas, donos de empresas de ônibus, cooperativas de vans e fornecedoras de gás em Bangu. As extorsões teriam ocorrido em 2012 e 2013, quando os acusados atuavam no 14º BPM. A quadrilha exigia propinas entre R$ 50 e R$ 10,4 mil. As cobranças eram feitas semanalmente. Há provas obtidas por meio de interceptações telefônicas e documentos

Entre os PMs acusados de pertencer à quadrilha, há, além de Fontenelle, seis oficiais. Os presos incluíam ainda os majores Carlos Alexandre Lucas, Nilton João dos Prazeres Neto e Edson Alexandre Pinto de Góes; os capitães Walter Colchone Netto e Rodrigo Leitão da Silva. O coronel Alexandre Fontenelle ocupava o terceiro posto mais alto na hierarquia da PM. O COE é responsável pelo Bope, pelo Grupamento Aeromarítimo e pelo Batalhão de Choque.

 

 Corpas é suspeito de receber propina de traficantes da Ilha do Governador, para não reprimir o tráfico de drogas. Ele estava preso desde outubro, quando foi deflagrada a Operação Ave de Rapina. A prisão dele foi revogada pela Justiça Militar nesta sexta-feira. Segundo a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, não existem evidências de que o mesmo “traz riscos à ordem pública ou à conveniência da instrução criminal”, porque não há relatos de testemunhas que temem coação por parte do oficial. Segundo as investigações, 16 PMs da unidade são acusados de terem aceitado R$ 300 mil para liberarem dois traficantes numa abordagem em dia 16 de março.

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