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Sábado, 27 de abril de 2024

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Mãe de meninos trigêmeos cria blog para contar rotina da família no RS

Gravidez tripla não foi planejada pela professora de inglês Michele Kaiser.

Gaúcha conta com rede de ajuda familiar para dar conta de quatro filhos.

Há 10 meses, Michele Fae Velho Kaiser, de 31 anos, ganhou um novo desafio na vida: filhos trigêmeos meninos. A professora de inglês que mora em Caxias do Sul, na Região da Serra do Rio Grande do Sul, já tinha uma criança, Mônica, de dois anos, e ao lado do marido, Maurício Kaiser, desejava mais um bebê para completar a família. A gestação tripla pegou o casal de surpresa, que hoje conta com uma rede de ajuda familiar para dar conta da prole. São 450 fraldas, 12 latas de leite em pó por mês, além de 80 unhas para cortar e um carro com sete lugares.

A gravidez rara de Matheus, Murilo e Marcelo, todos ruivos, foi descoberta em etapas. Em um blog, a mulher conta toda a trajetória. Na primeira ecografia, o médico apontou que dois sacos gestacionais habitavam a barriga de Michele. “A gente levou um susto, porque já tínhamos a Mônica. Eu disse pra médica: ‘mas, doutora, eu já tenho uma filha”, relembrou, entre risos.

Duas semanas depois, no segundo exame, mais uma surpresa. “Quando a gente repetiu o exame, eles nos disseram que em um dos sacos estava tudo bem, mas no outro saco tinham dois”, completou a gaúcha.

Nos meses seguintes da gestação o cuidado foi redobrado. Na 25ª semana ela teve que parar de trabalhar e ficar de repouso. Sentia dores, não conseguia comer em grandes quantidades, e ficou com os rins inchados por conta da pressão no órgão. Com 27 quilos a mais, Michele ganhou os bebês com 34 semanas, o equivalente a quase oito meses de gestação.

“Eles nasceram bem, com uma média de dois quilos cada um. Dois são idênticos e o outro, que estava sozinho em um dos sacos, não. Mas, ele é tão parecido com os outros que parece idêntico”, contou a mãe, orgulhosa.

Ainda pequenos, os recém-nascidos passaram uma semana na UTI neonatal, principalmente para aprender a mamar.

Os pais, que moravam em Taquara, se mudaram para o mesmo prédio do casal para ajudar tanto na preparação quanto a cuidar dos trigêmeos. “Nada seria possível sem o apoio dos meus pais. Tenho muito reconhecimento por eles. Tenho minha babá da noite também, que ajuda muito, e meu marido é muito presente na educação dos meninos e na da Mônica. Ele chega em casa às 19h e assume ela completamente”, garantiu.

Mãe blogueira

Apesar de ter a rotina totalmente alterada, Michele ainda encontrou tempo para criar um blog. Na página “Os trigêmeos da Michele”, ela conta a jornada desde que descobriu a gravidez. A ideia surgiu quando percebeu que existiam poucas mulheres na internet que dividiam as angústias e dúvidas de uma gravidez tripla.

“O início foi muito difícil. Minha dedicação surgiu quando eu descobri que estava grávida. Achei apenas dois blogs que falavam sobre o assunto, e eu sempre acessava, mas faltava elas contarem algumas coisas. Minha irmã, então, me sugeriu para eu fazer um meu porque todo mundo que me conhecia perguntava também. E eu prometi que não ia parar de usar quando eles nascessem”, salientou.

Os posts relatam a rotina da família, desde as primeiras papinhas, viagens, até o desenvolvimento dos pequenos. O avô José Aldo e a vó Veralice aparecem na maioria das fotos e histórias. “Voltei a trabalhar quando eles fizeram cinco meses, mas meus horários são mais tranquilos. Meus pais estão sempre aqui, vieram para ficar um ano, que completa agora em agosto, mas vamos ver se eles vão voltar”, brincou Michele.

Para organizar o dia a dia, cadernos com tabelas são usados religiosamente e marcam a hora do lanche, da troca de fralda e dos remédios.

“Tenho anotado o nome de cada criança e o que cada um já fez. Agora eles já têm rotina, mas controlávamos tudo dessa forma. Embaixo tem as anotações do primeiro sorriso, primeira sentada. Tem algumas situações que a gente se atrapalha, mas já estou no quarto caderno, e nunca tive problema”, completou.

Apesar de já ter tido uma filha antes, Michele garante que algumas situações mudam. “Nada era novidade.

Como eu já tinha tido outro parto, tudo que se passa pela segunda vez é mais tranquilo. No momento em que a obstetra anunciou o primeiro, o Matheus, ele não chorou. Foi emocionante, mas ao mesmo tempo foi estressante. Depois veio o Murilo e o Maurício. Quando eles estabilizaram, vieram me mostrar”, lembrou sobre o parto.

Para mães que, como ela, são pegas de surpresa, Michele dá um conselho: tentar ficar o mais tranquila possível. “A gente sabe que vai ser difícil, mas eu escolho não sofrer por antecedência. Levamos cada coisinha de cada vez, com calma, tem que pensar principalmente no desenvolvimento deles”, garantiu.
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