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Domingo, 28 de abril de 2024

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Mais de 70 empresas usaram esquema de 'banco pirata'; notas promissórias apreendidas somam R$247,7 mi

Mais de 70 empresas usaram esquema de 'banco pirata'; notas promissórias apreendidas somam R$247,7 mi
Documentos apreendidos pela Polícia Federal ao longo das investigações da Ararath evidenciam que, pelo menos, 71 empresas se beneficiaram do emprego de empréstimos utilizando um sistema clandestino de operações financeiras,  tendo como organizador o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes. Durante a investigação a PF ainda localizou 77 notas promissórias na residência de Moraes que evidenciam a grandiosidade das cifras negociadas e que contabilizam um total de R$ 247,7 milhões.


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Dentre elas, consta uma nota que tem impresso no campo avalista o nome ‘Eder Moraes’ e o destinatário Silval Barbosa (PMDB) com data de 30 de novembro de 2010, no valor de R$ 29.359,000,00, com data de vencimento em 30 de novembro de 2010.

Outra nota promissória, no valor de R$40.668.235,86 também desperta a atenção pelo montante. Outro fato semelhante que se pode destacar é o de que em quase todas as notas promissórias se reconhece a mesma assinatura, mas o campo de destinatário nunca é preenchido. Os documentos apreendidos referem-se ao período de 2008 a 2010.
Em uma das notas apreendidas é possível constatar anotações referente ao endosso dos pagamentos. Em uma delas, por exemplo, estava escrito a próprio punho: “Amigão, irmão, brother! Assunto G.F. 1,3 mm sem problemas. 60 dias”. Em uma das notas, no valor de R$ 106 mil, consta no verso a inscrição Mixto. Em outra nota promissória, no expressivo valor de R$ 17,412.132,18 aparece como data de emissão de 31 de fevereiro de 2009 com o curto período para vencimento de apenas 30 dias.







Para a Polícia Federal, as empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia de Petróleo Ltda foram empregadas para realizar atividades privativas de instituição financeira sem autorização do Banco Central do Brasil, bem como auxiliar terceiros criminosos a ocultar e dissimular a natureza de recursos provenientes de atividades ilícitas, fatos que configuram, em tese, crimes contra o sistema financeiro, lavagem de ativos e formação de quadrilha. Ainda segundo a investigação, realizando empréstimos para pessoas jurídicas e físicas, cobrando remuneração juros, exigindo garantias (inclusive reais), intermediando o fluxo de recursos de terceiros, dentre outras operações ilegais.

O esquema foi delatado pelo proprietário das instituições operadoras, Gércio Marcelino Mendonça Júnior. Além de delatar detalhadamente o esquema, ele forneceu ainda documentos que corroboram com a investigação.
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