O pedido de cassação do mandato do prefeito Mauro Mendes (PSB) protocolizado na semana passada pela Ong Moral na Câmara Municipal de Cuiabá foi encaminhado pelo presidente da Casa, Júlio Pinheiro (PTB) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Faissal Calil (PSB). A CCJ deve emitir um parecer dentro de 15 dias sobre a legalidade do pedido, que foi feito após a casa e o escritório do prefeito terem sofrido busca e apreensão da Polícia Federal durante a quinta etapa da Operação Ararath.

Pinheiro alega que o pedido foi encaminhado à CCJ porque não foi enviado por um partido político. Caso a solicitação passe pela CCJ, uma comissão processante deverá ser montada para apurar as supostas irregularidades que baseiam o pedido de cassação. Ao término de três meses, a comissão deverá emitir um parecer e o plenário irá votar a cassação.

O pedido estava previsto para ser votado na manhã de hoje e chegou a ser lido em plenário antes de Júlio Pinheiro encaminhar à CCJ. O vereador Renivaldo Nascimento (PDT) chegou a defender o prefeito da tribuna. De acordo com ele, não houve esquema algum entre a prefeitura e a Amazônia Petróleo, empresa de Júnior Mendonça, investigado pela PF por operar um “banco” sem autorização.

O líder do prefeito na Casa de Leis, Leonardo Oliveira, afirmou que Mendes foi o primeiro a procurar a Câmara para procurar esclarecer a vinculação do seu nome na Ararath. Ele disse que o prefeito encaminhou alguns documentos que provam o consumo do combustível por parte da Prefeiuta.

Durante a sessão, manifestantes chegaram a ocupar as galerias da Casa de Leis com faixas para pressionar pela cassação.


Atualizada às 11h15