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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Brasil

Polícia adia depoimento de PMs suspeitos de matarem menor no Rio

Informação foi divulgada pela Divisão de Homicídios.

Eles pediram tempo para comunicar seus advogados.

Os cabos Fábio Magalhães Ferreira e Vinicius Lima Vieira, suspeitos de matar um adolescente no Morro do Sumaré após dete-lo no Centro do Rio, pediram à polícia para adiar o depoimento que seria prestado nesta terça-feira (21) na Divisão de Homicídios. O pedido foi aceito, segundo o delegado titular da unidade, Rivaldo Barbosa, por atender uma demanda constitucional.

Os PMs chegaram por volta de 14h30, algemados entre eles, no camburão, e deixaram a unidade por volta de 16h, já sem as algemas e sentados no banco de trás da viatura.

Com os depoimentos da dupla, o delegado Rivaldo Barbosa espera esclarecer alguns pontos da investigação, como o que houve com as imagens das câmeras de segurança do carro da PM, já que o vídeo para, por cerca de 10 minutos, justamente no momento em que os jovens são retirados do carro. O delegado quer saber ainda onde está o terceiro jovem detido, que foi liberado no meio do caminho e depois pegou uma carona com os policiais.

Os cabos deixaram a DH por volta das 16h, após cerca de 1h30 de depoimento e foram levados no banco traseiro de um carro policial para o Batalhão Especial Prisional (BEP) da PM, em Benfica, no Subúrbio.

O advogado dos policiais não quis comentar o caso, antes dos depoimentos. A PM disse em nota que as imagens das câmeras dos carros da corporação ficam armazenadas por 60 dias, mas que são analisadas por amostragem.

A ação

No dia 11 de junho, os policiais realizavam um patrulhamento na Avenida Presidente Vargas, uma das principais do Centro, onde procuravam por dois menores de idade que estariam cometendo assaltos na região.

Encontraram primeiro um, dirigiram por mais um tempo e acharam o segundo. Guardas municipais que estavam próximos à cena trouxeram outra pessoa, um jovem de camisa preta.

Eles, então, decidiram que levariam os três "lá para cima", referindo-se ao Morro do Sumaré, no Parque Nacional da Tijuca, Zona Norte. Às 10h20, eles param pela primeira vez e provocam os jovens, seguindo com o carro para um pouco mais à frente. Às 10h27, um dos homens sai do carro e leva o jovem de camisa preta, deixando os outros dois menores, acusados de cometer assaltos, na caçamba da viatura. Eles são chamados no rádio do carro, mas ninguém responde. Às 10h32, o vídeo é interrompido, com a câmera voltando a funcionar apenas dez minutos depois.Nesse meio tempo, os policiais haviam matado Matheus de Souza, de 14 anos, e atirado duas vezes contra outro menor, de 15 anos. O rapaz, que sobreviveu aos disparos, contou que só escapou porque se fingiu de morto, após ter sido baleado nas costas e na perna.

O promotor de Justiça Homero Freitas acredita que, ao cometer o crime, os policiais tinham certeza da impunidade: "Eles não contavam que o outro jovem que levou os tiros permanecessem vivos. Eles tinham certeza que ninguém saberia de nada", avalia o promotor.
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