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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Noite de hambúrgueres veganos comemora três anos de restaurante criado no quintal de casa

Foto: Arquivo pessoal

Noite de hambúrgueres veganos comemora três anos de restaurante criado no quintal de casa
Há três anos, ainda em meio a pandemia da covid-19, Ana Beatriz Hirooka Nascimento, de 28 anos, decidiu começar a produzir pratos veganos e nasceu o Pranta, que até então funcionava apenas com entregas. Em janeiro deste ano, os pratos passaram a ser servidos no quintal da casa onde ela cresceu, em Chapada dos Guimarães (64 km de Cuiabá). Para comemorar a jornada, Ana preparou uma noite especial de hambúrguer, com bebidas, entradinhas e muita energia boa. 

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“No nosso primeiro ano de vida, em meio a pandemia, fizemos um sorteio com todos os produtos do catálogo, foi um sucesso, muita gente participando. Agora esse ano, decidi fazer esse evento meio de última hora. Afinal, na nossa primeira abertura de atendimento presencial, que foi em janeiro deste ano, fizemos uma noite de hambúrgueres e foi muito divertido”. 

Os hambúrgueres veganos foram o primeiro lançamento do Pranta e, para Ana, é significativo que eles sejam colocados como protagonistas da noite. Os atendimentos no quintal acontecem de maneira intimista e a jovem prioriza o contato e a troca próxima com os clientes. 

“Tem sempre uma energia leve, muitos sorrisos e um clima agradável. Para essa noite não será diferente. Além de toda experiência com comidas surpreendentemente gostosas, e 100% vegetais”. 

Ana explica que nos últimos três anos sentiu um aumento grande na procura por alimentos de origem vegetal. Os clientes procuram por questões de saúde, pela causa animal ou apenas para provarem novos sabores. 

“Fico feliz de estar junto, ao lado de outros empreendimentos veganos, oferecendo opções mais saudáveis, naturais e conscientes para o público que simpatiza. Em Mato Grosso ainda está em desenvolvimento, indo aos poucos. Mas o mercado de alimentos veganos está em constante crescimento, é uma realidade global, ou a gente muda, ou o que acontece com o planeta?”

Restaurante funciona no quintal da casa em que Ana cresceu em Chapada dos Guimarães. (Foto: Arquivo pessoal)

Além dos hambúrgueres, que são as estrelas da noite, o Pranta vai servir alguns dos queridinhos dos clientes, como dadinho de tapioca, bolinho de leguminosa e kibe de feijão preto. Os lanches veganos podem ser de grão de bico com cenoura e sementes, feijão preto com semente de abóbora e feijão com beterraba e gergelim. 

O pão usado é artesanal e integral, produzido pela Dhwari. Molho de mostarda, barbecue, cebola caramelizada, cheddar de castanha com tofu, mix de folhas, tomate e picles de chuchu também acompanham os hambúrgueres. 

Para fechar a noite, as sobremesas serão brownie e cupcake. Todos os pratos servidos são veganos, assim como o cardápio do Pranta. Ana explica que o restaurante é como “um filho” e sempre que pensa em tudo que aconteceu durante os três anos, a sensação é de que o tempo passou voando.  

“Me sinto muito realizada, com o coração preenchido de alegria e cheia vontade de fazer esse negócio crescer e chegar cada vez mais longe. O que era uma ideia pequenina lá em junho de 2020, hoje se tornou um projeto que nem eu imaginava… Aprendi muito nesses últimos anos, o processo de empreender é isso né?! Muitos desafios, principalmente por estar em uma cidade do interior, mas também muito aprendizado, conquistas e novas projeções”. 

Reflexão sobre as escolhas alimentares 

Quando criou o Pranta, Ana havia acabado de retornar à Chapada dos Guimarães, onde cresceu e passou a maior parte da vida. Depois dos meses de isolamento obrigatórios durante a pandemia da covid-19, a jovem começou a questionar e refletir sobre as escolhas alimentares, além dos impactos que cada uma delas têm. 

“Comecei a refletir sobre nossas escolhas alimentares e o impacto que elas têm em nossa saúde, no meio ambiente e na sociedade. Surgiu nosso propósito: oferecer opções de alimentação vegana práticas, saborosas e nutritivas. Promovendo um estilo de vida mais saudável e sustentável”. 

Pranta é a junção de prana e planta: prana significa energia. Ana explica que a intenção do jogo de palavras é trazer a pureza e o poder das plantas para o dia a dia das pessoas. Tudo é pensado e produzido da forma mais saborosa possível, para surpreender os paladares e quebrar a ideia de que comida vegana é “sem graça”. 

Jovem começou a questionar sobre o consumo de carne durante a pandemia e se tornou vegana. (Foto: Arquivo pessoal)

“Espero que cada dia mais pessoas se sensibilizem em relação às escolhas alimentares. Vejo o quanto o Pranta vem contribuído quebrando alguns estereótipos sobre comida vegana, fazendo com que as pessoas tenham um outro olhar sobre a cozinha vegetal, e isso é muito importante para fortalecer o movimento”. 

O veganismo entrou na vida de Ana ao passo que o Pranta começou a sair do plano das ideias. Apesar de sempre ter sido taxada como “natureba” por ter uma dieta variada com leguminosas, legumes e verduras, foram as reflexões que fez durante a pandemia que a fizeram decidir pelo caminho. 

“Carne era só um complemento, de vez em quando. Durante a pandemia que outras questões vieram à tona e me fizeram refletir sobre o consumo, não só dos ingredientes de origem animal na alimentação, mas toda cadeia. Infelizmente a indústria ainda explora muito os animais e o planeta das mais drásticas maneiras”.

Informações e reservas: (65) 98115-7015
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