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Sábado, 27 de abril de 2024

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Bullying: Psicóloga afirma que ele também pode causar problemas físicos

Foto: Reprodução

Bullying: Psicóloga afirma que ele também pode causar problemas físicos
Muito se ouve falar sobre bullying nos dias atuais. Enquanto alguns acreditam ser apenas besteira ou invenção de gente mimada, psicólogos estão cada dia mais preocupados com os efeitos que o problema pode causar nas crianças e adolescentes.

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De acordo com a psicóloga Jaqueline dos Santos Javorski, Especialista Clinica, a palavra “bullying” tem origem inglesa e significa “valentão”. Portanto, é considerado bullying qualquer atitude violenta, tanto física quanto psicológica, feita de forma intencional e repetida contra determinada pessoa. Nestes casos, o agressor é sempre mais poderoso de a vítima em algum aspecto.

Em um ambiente escolar, as brincadeiras nocivas são frequentemente feitas longe da supervisão dos adultos, o que torna mais difícil sua identificação. Por isso, Jaqueline alerta: “É importante os pais estarem sempre vigilantes às mudanças de comportamento e às oscilações emocionais dos filhos. Contudo, existem sinais claros que apontam que a criança está sofrendo bullying, tais como: roupas ou objetos pessoais danificados, hematomas não explicados, arranhões, medo de ir para escola.”

As agressões sofridas podem se transformar, inclusive, em problemas físicos, segundo a psicóloga: “Quando uma pessoa está vivenciando uma “tensão” emocional muito forte o corpo tende a somatizar, principalmente em crianças. Por causa da pouca idade, elas não sabem elaborar emoções, e consequentemente começam a aparecer dores inexplicáveis pelo corpo, dores de cabeça, alteração do apetite, do sono, pesadelos, xixi na cama (fora da idade), imunidade baixa, irritabilidade, stress, humor deprimido, isolamento, choros aparentemente sem motivos, e discurso suicida”, explica.

Como prevenir

Por agir silenciosamente, o bullying normalmente só é identificado quando já há conseqüências para a vítima, seja psicológicas, seja físicas. Neste momento, tanto a escola quanto os pais têm responsabilidades importantes em sua forma de agir.

Segundo Jaqueline, a prevenção do bullying deve começar dentro da escola com medidas simples: “dar valor para queixa dos alunos, e não somente considerar que se trata de brincadeira de criança, estimular os alunos informar os casos à direção, intervir diretamente quando identificado a pratica de bullying, organizar palestras educativas sobre o tema”, são algumas ações que devem ser feitas.

Outros agentes insubstituíveis na prevenção são os pais das crianças que praticam o bullying: “é papel dos pais corrigir, educar, punir adequadamente, conhecer as emoções e comportamentos de seus filhos”, comenta a psicóloga.

Para os pais que percebem que seus filhos sofrem qualquer tipo de agressão, a primeira medida a tomar é intervir junto à escola e exigir um posicionamento da mesma. Logo depois, procurar ajuda de um psicólogo para diagnosticar o estado emocional da vítima. “As vítimas de bullying desenvolvem depressão e transtornos ansiosos, na psicoterapia o processo é fortalecer as emoções, ajudá-la a resgatar sua auto-estima e auto-confiança, auxiliar a vítima a construir seus mecanismos de defesa e auto-proteção”, explica Jaqueline.

Muitas vezes é preciso, também, fazer tratamento interdisciplinar junto a um psiquiatra, para que a vítima seja medicada, e com um psicopedagogo, já que o rendimento escolar normalmente sai prejudicado. “A criança precisa de proteção, tratamento e apoio, é fundamental que a escola esteja envolvida nesse processo, isso vai reforçar na criança a sensação de justiça. Se a escola se exime, então a criança é vitima duas vezes”, finaliza a psicóloga.
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