A massagem é uma prática que pode ajudar na prevenção de vários males, como o estresse, dores, dentre outros. Mas estes tratamentos muitas vezes estão além do poder aquisitivo de grande parte da população e não estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para esclarecer este e diversos outros questionamentos, a oficina Oficinas de Práticas Populares de Cuidado com a Saúde acontece nos dias 12 e 13 de novembro em Rondonópolis e nos dias 20, 21 e 22, em Chapada dos Guimarães.

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De acordo com a assessoria do evento, a oficina contará com a presença de parteiras, benzedeiras, massagistas, reikianos, homeopatas e gestores municipais, estaduais e federais da saúde e educação. Eles têm dedicado-se a investigar a prevenção de saúde via terapias integrativas. O objetivo do projeto de extensão contemplado no edital da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (SEGEP/MS) é discutir maneiras menos invasivas e práticas educativas para o serviço de saúde brasileiro.

O professor Rodrigo Marcos de Jesus, do departamento de Filosofia da UFMT, é o coordenador do projeto. Segundo ele, é preciso sensibilizar os usuários dos serviços de saúde e seus gestores – para as terapias integrativas que ainda são pouco utilizadas e conhecidas pela maioria da população, como o Reike, Auriculoterapia, Ventosa, a Massoterapia, os Florais de Bach e a Homeopatia.

Para o historiador Luiz Gustavo Lima, “esses encontros permitem mapear os agentes e as práticas que se apoiam no saberes tradicionais como as rezas, as benzeções e demais atividades terapêuticas populares que compõem o patrimônio histórico e imaterial do cuidado em saúde no estado de Mato Grosso”.

Quanto à metodologia, o professor Rodrigo – que é mestre em Filosofia da Religião pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte – diz que são utilizadas os métodos das oficinas. “São as rodas de conversa, princípio básico da educação popular e que propõe uma participação ativa dos interessados”, ressalta.

Terapias no Sistema Único de Saúde

A novidade presente nas oficinas também fica por conta de que estas terapias estão ganhando espaço no Sistema Único de Saúde – SUS, a partir da implementação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS), proposta de origem popular, aprovada como portaria ministerial em 2013.

A terapeuta Suely Correa explica que assim, tem-se a chance de, junto ao público participante, construir estratégias para fazer valer a aplicabilidade dessa política pública. “Por isso, apostamos na participação ativa dos trabalhadores e gestores da saúde, assim como dos terapeutas populares e demais interessados”.

Suely, que é também uma das responsáveis pela execução do projeto em Mato Grosso, explica que além de apresentar terapias e métodos pouco convencionais para o cuidado particular, eles trabalham de forma transversal e articulada dois temas de interesse público: saúde e a educação. Assim, o evento busca informar e integrar os interessados quanto aos direitos e deveres para uma gestão participativa e com controle social do SUS.



O evento é uma realização da ANEPS/MT – Articulação Nacional de Movimentos e Práticas em Educação Popular e Saúde, em parceria com a Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Serviço: 

Oficinas de Práticas Populares de Cuidado com a Saúde
Onde? Rondonópolis
Quando? 12 e 13 de novembro de 2014.
Público alvo: Agentes do cuidado popular, trabalhadores e gestores da saúde pública, usuários do SUS, alunos, professores e demais interessados na temática.

Encontro Regional de Práticas Populares do Cuidado em Saúde: Sujeitos, Saberes, Sabores e Diálogos.
Onde? Chapada dos Guimarães-MT
Quando? 20, 21 e 22 de novembro de 2014.
Público alvo: Agentes do cuidado popular, trabalhadores e gestores da saúde pública, usuários do SUS, alunos, professores e demais interessados na temática.