Notícias da Copa - Olhar Copa

Na terceira decisão de uma Copa contra a Argentina, a seleção da Alemanha jogará também contra o tabu de um time europeu jamais ter vencido a Copa nas Américas.

O dia em que até o vento queria ser alemão. Depois do triunfo avassalador, os torcedores foram à praia para tentar encontrar os finalistas da Copa e viram alguns de longe.

O único a se aproximar foi o zagueiro Grosskreutz. Ele nem entrou em campo, mas foi tratado como se fosse o herói do jogo.

Torcedores dos dois países se encontraram e, nas areias de Santa Cruz Cabrália (BA), viveram uma realidade que infelizmente não existiu no campo: brasileiros e alemães jogando de igual para igual. Mas nem esse sonho durou muito.

A curiosidade venceu a beleza do pôr do sol. Os alemães trocaram a praia pela televisão para conhecer o adversário da final.

Eles viram um filme já conhecido. Pela terceira vez, vão decidir uma Copa contra a Argentina. Vai ser um desempate.

A Argentina venceu em 1986, no único título mundial de Maradona. Quatro anos depois, os alemães deram o troco e venceram a Copa de 1990, na Itália, erguendo o troféu pela terceira vez.

O equilíbrio marca esse duelo. Nos confrontos diretos, oficiais ou amistosos, Alemanha e Argentina marcaram o mesmo número de gols até hoje: 28 para cada lado.

Mas a Alemanha tem uma vantagem: eliminou a Argentina nas duas últimas Copas.

Quatro anos atrás, o jogo foi 4 a 0. O que, naquela época, parecia muito. O passado também dá uma vantagem à Argentina: nunca uma seleção européia ganhou uma Copa no continente americano.

Para tentar mudar essa história, o técnico alemão Joachim Löw está com uma aparência cada vez mais tropical.