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12/07/2013 - 17:40

Após Copa das Confederações, fase é de testes para a Arena Pernambuco

Zero Hora

Desde o final da Copa das Confederações, estão em xeque a Arena Pernambuco e sua capacidade de atrair eventos e os principais jogos dos três maiores clubes do Estado: Náutico, Sport e Santa Cruz. No sábado passado, Náutico e Ponte Preta jogaram. No domingo, "Clássico Vovô" carioca, Botafogo x Fluminense. O público do último foi de 9.669 torcedores, bem inferior à expectativa original, vinte mil. Um dos motivos seria o "alto" valor cobrado pelo ingresso, R$ 60 (arquibancada) e R$ 30 (meia-entrada e sócios do Botafogo), acima da realidade recifense.

— Não fomos responsáveis pelo preço dos ingressos. Fomos, sim, pelo aluguel do estádio e por toda a estrutura operacional oferecida — disse o presidente da Arena Pernambuco, Sinval Andrade.

Embora o estádio e o acesso tenham sido bastante elogiados, alguns torcedores não ficaram satisfeitos com fatores extracampo. Ocorreu um certo certo "provincianismo" de parte da torcida pernambucana, que se mobilizou nas redes sociais contra a partida, defendendo que no Estado existe time para torcer. Residente há um ano no Recife, o botafoguense Daniel Fagundes não gostou do que viu.

— Fiquei chateado pela forma como a torcida local recebeu os times. Fui ao estádio para ver o espetáculo, jogadores como Fred e Seedorf. Não tenho o que reclamar do acesso nem do jogo. Mas o que vi fora da Arena foi de um bairrismo absurdo — desabafou.

Especula-se que a Arena Pernambuco negocia com outros times do Rio, inclusive partidas da Copa do Brasil. Uma fonte do Grupo Itaipava, empresa que adquiriu o naming rights do estádio, confirmou as negociações. A Arena nega.

Sinval Andrade disse que, de certo, ocorrerão os próximos jogos do Náutico e dois eventos: um do setor automotivo, na área externa do estádio, e a gravação do DVD da cantora Cláudia Leite. Questionado sobre atrações internacionais, Sinval contou que conversa com um nome de expressão ainda para este ano.

De fora, o Governo de Pernambuco observa. No contrato de PPP entre empresa administradora da Arena e Estado, o governo pode pagar uma conta alta. Comum nesse tipo de parceria, está previsto, por parte do governo, o pagamento de uma contrapartida anual fixa de R$ 3,5 milhões pelos próximos 30 anos de concessão. Além disso, há uma parcela variável, que depende do desempenho comercial do estádio. Essa etapa está atrelada a uma espécie de "meta" de receita anual de R$ 73,2 milhões.

Quando o valor for 10% acima disso, o governo lucra junto; se for 10% inferior, banca unido o prejuízo. Caso a receita não supere 50% (R$ 36,6 milhões) ao ano, o governo paga sozinho o rombo. Para chegar aos 73 milhões, a Arena estipulou 60 grandes jogos anuais, que seriam as 20 principais partidas dos três times pernambucanos. Até agora, só fechou com o Náutico.

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