01/07/2013 - 16:40
Blatter revela 'incerteza' com manifestações e aprova Copa no Brasil
ESPN
Em coletiva realizada em um hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, primeiro mostrou um incômodo. Ao sentar na cadeira para a entrevista, viu que seu assento era muito baixo. Quase desaparecido atrás da mesa com o microfone fez uma cara de desgosto. Tentou se ajeitar. E, por fim, mostrou um alívio. A Copa das Confederações tinha chegado ao fim em meio às manifestações que, ao contrário do discurso oficial da Fifa fosse de nenhuma preocupação, deixaram o futuro em risco.
"Quando começamos essa competição havia um grau de incerteza sobre o que iria acontecer, visto que vimos que sabíamos que ia ter essa inquietação social. Agora chegamos à conclusão depois de ver os resultados do esporte e ficamos com a impressão de que essa inquietação social vem se serenando. Não sei por quanto tempo tempo, mas ontem permitiu a realização de um evento extraordinário", disse Joseph Blatter.
Após a realização da Copa das Confederações com 16 jogos em seis cidades-sede, o mandatário da entidade mostrou satisfação com o resultado operacional obtido na competição. Blatter admitiu, sem especificar, que ainda há pontos a serem melhorados para a disputa da Copa do Mundo de 2014, mas, em um tom otimista, prometeu voltar ano que vem para garantir a "aprovação" do Brasil.
"Vou embora feliz. Em uma universidade, você geralmente tem de tirar nota oito para ser aprovado. Não sei qual será a nota do Brasil, mas acho que ele está graduação para realizar a Copa do Mundo", afirmou Blatter.
Sentado entre o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL), José Maria Marin, e o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, Sepp Blatter aproveitou a ocasião para pedir a melhoria de condições para o futebol feminino no Brasil.
"Há jogadoras maravilhosas no Brasil. Traga o futebol feminino para cá. Não só como torcida, mas vamos organizar aqui uma competição da liga feminina. É algo que devemos pensar para o futuro"
Antes de 2014, o presidente da Fifa ainda volta ao Brasil no fim deste ano, em novembro, para o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, em Salvador.