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11/07/2014 - 11:34

Brasil e Holanda reúnem um rico histórico de confrontos em Copas

G1

No sábado (12), quando as seleções brasileira e holandesa disputarem o terceiro lugar da Copa de 2014, elas também vão fazer uma espécie de tira-teima. Porque na história dos Mundiais, Brasil e Holanda se encontraram quatro vezes. E cada lado tem duas vitórias. Relembre a importância e as emoções desses duelos.

1974
Carlos Alberto Parreira e Julio Cesar. Os dois nunca serão indiferentes a um jogo contra a Holanda. Boas e más lembranças estarão presentes para sempre na biografia deles. O primeiro capítulo foi escrito na cidade de Dortmund, no estádio de Westfalen, fase semifinal da Copa da Alemanha, em 1974. O Brasil tricampeão mundial enfrentava o carrossel holandês. Uma equipe revolucionaria, com estilo de jogo moderno, em que os jogadores não guardavam posições. Time apelidado também de Laranja Mecânica, em referência ao filme do diretor Stanley Kubrick. Zagallo era o técnico e Parreira, um dos preparadores físicos da Seleção. Os dois mais tarde teriam como se vingar, mas contra o craque Cruijff, um dos maiores de todos os tempos, não deu. Holanda 2 a 0, e o Brasil foi disputar o terceiro lugar.

1994
Em 1994, nas quartas de final, no estádio Cotton Bowl, em Dallas, 20 anos depois, a vingança brasileira na Copa dos Estados Unidos. As duas Seleções se reencontraram. E lá estavam Parreira, como técnico, e Zagallo, como coordenador. Quartas de final. Um segundo tempo frenético. Romário e Bebeto antes dos 20 minutos embalaram o sonho do tetra. Só que 12 minutos depois a partida já estava empatada. Até que, aos 35 minutos, o lateral esquerdo Branco acertou uma falta no cantinho, Romário saiu de fininho e deixou a bola passar: 3 a 2. Brasil continuava a caminhada rumo ao tetra.

1998
Em 1998, na Copa da França, no estádio Velodrome, em Marselha, uma semifinal de emoção, Zagallo já não tinha Parreira ao lado, mas ele se multiplicou. Nos 90 minutos, 1 a 1. O gol brasileiro foi de Ronaldo. Uma prorrogação com gol de ouro para corações fortes. Ninguém marcou. E a semifinal foi decidida nos pênaltis.

Jogadores desgastados. E aquele senhor de cabelos brancos arrepiados parecia ter 20 anos. Zagallo era uma usina de energia, de emoção. Taffarel defendeu duas cobranças, uma em cada canto. E o grito de “sai que é sua Taffarel” foi imortalizado. Zagallo e a Seleção viraram o placar dos confrontos com os holandeses. O Brasil avançou para a decisão.

2010
Copa da África do Sul, em 2010, no estádio Nelson Mandela, as quartas de final do goleiro vilão. Julio César, fã de Taffarel, não teve a mesma sorte do ídolo. A Seleção vencia a Holanda por 1 a 0, quando a bola viajou e Julio Cesar chocou-se com Felipe Melo, ali a Holanda abria o caminho para a virada. Placar final: 2 a 1.

Felipão dirigindo a Seleção Brasileira nunca enfrentou a Holanda, mas não significa que ele não tenha uma grande rivalidade com os adversários de sábado, especialmente com o técnico Louis Van Gaal.

Agora, antes mesmo da disputa do terceiro lugar, os dois técnicos já trocaram farpas. Van Gaal disse que o Brasil estaria sendo beneficiado na Copa depois do pênalti marcado em Fred na estreia. Felipão deu o troco quando a Holanda, graças a um pênalti em Robben, eliminou o México e avançou para as quartas de final.

“Cinco, seis jogos aí. Sete, oito jogos, eu não sei, das oitavas, se eu não tô enganado cinco não foram para a prorrogação. Um não foi para a prorrogação porque três minutos depois o pênalti, o complô para o Brasil que a aquele senhor falou, né?”, disse Felipão na quarta-feira (2).

Brasil e Holanda seria uma grande final para esta Copa do Mundo. Grandes histórias, ótimos personagens, muita rivalidade. O jogo que vale o terceiro lugar tem tudo para manter a tradição de emoção e equilíbrio que marcou este confronto.

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