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05/07/2013 - 16:20

Complexo esportivo é destruído para a Copa das Confederações

ESPN

Dez dias antes da abertura da Copa das Confederações, o estádio de atletismo Célio de Barros via mais uma derrota acontecer. Descumprindo decisão judicial que determina a preservação do complexo, funcionários da construtora que realiza obras no Maracanã e a Empresa de Obras Públicas (EMOP) do Governo do Rio de Janeiro destruíram partes do estádio, como a Torre de Controle de provas, além de terem serrado equipamentos esportivos, como a "Gaiola de Competição", comprada com recursos públicos por U$ 25 mil.

Dois coronéis, que são funcionários do Comitê Organizador Local (COL), órgão que representa a FIFA para a organização da Copa do Mundo, foram alertados formalmente da situação, mas "nada fizeram". As informações constam de registro de ocorrência policial feito no dia 13 de junho, na 18ª DP (Praça da Bandeira), e em depoimento encaminhado à Justiça Estadual pela Defensoria Pública do Estado.

Além da Torre de Controle e da Gaiola de Competição - que é um instrumento usado para as provas de arremesso de disco e martelo - também teria sido destruído o placar eletrônico do estádio. O registro de ocorrência foi aberto pela Federação de Atletismo do Rio de Janeiro, entidade que tem a obrigação legal sobre os equipamentos destruídos.

Equipamentos danificados

Outros equipamentos esportivos como dardos, varas, anemômetros (uma espécie de medidor de velocidade e direção do vento), colchões, aparelhagem de som, material de fisioterapia, máquina de gelo, turbilhão, entre outros, estão "armazenados de forma indevida" e já foram "parcialmente danificados por conta de poeira das obras e da maneira indevida no transporte e armazenamento".

Além disso, as pistas de salto e os locais de arremesso e lançamento foram asfaltados, o que, na prática, constitui total destruição, afirma o depoimento.

A Federação de Atletismo do Rio afirma que notificou as irregularidades a pelo menos nove pessoas, do Ministério do Esporte e o Comitê Olímpico Brasileiro, até ao Comitê Organizador Local. Mas não recebeu retornos.

Multa de R$ 20 milhões

A Defensoria Pública pede a aplicação de multa de, no mínimo, R$ 20 milhões aos responsáveis, além de responsabilização criminal e administrativa aos envolvidos.

A Polícia Civil informou que vai intimar os responsáveis pelo Governo do Estado e pela Odebrecht para prestarem depoimento.

A Odebrecht e a EMOP foram procurados pela reportagem para apresentarem sua versão, mas não responderam. O COL informou o seguinte:

"O planejamento e execução das adequações dos estádios não são de responsabilidade do Comitê Organizador Local (COL) ou da FIFA. Neste caso, pedimos por favor que você entre em contato com o governo do estado do Rio de Janeiro."

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