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19/05/2014 - 10:10

Cuiabá corre baixo risco de surto de dengue durante a Copa; Casos em MT tiveram redução de 80%

Da Redação - Wesley Santiago

Foto: Reprodução

Cuiabá corre baixo risco de surto de dengue durante a Copa; Casos em MT tiveram redução de 80%
 Um estudo publicado pela revista científica ‘The Lancet’ elencou as cidades-sede que mais correm risco de sofrer um surto de dengue durante o período do Mundial de 2014, que acontece nos meses de junho e julho no país. Fortaleza é uma das que mais preocupam, enquanto em Cuiabá o risco é baixo.

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Segundo o estudo o risco é baixo em todas as sedes, porém, em Fortaleza (CE), Natal (RN) e Recife (PE) é comparativamente superior. Os pesquisadores sugerem que as autoridades tomem medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti (transmissor da doença): "Os esforços para reduzir o impacto e a severidade da dengue teriam de se concentrar nestas cidades", sugerem os autores.

Cuiabá é um dos locais em que as chances de ocorrer um surto são menores: “Nossas previsões para junho mostraram que o risco era baixo nas cidades-sede de Brasília, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo”, diz trecho do artigo.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde explicou ao Olhar Copa que: “o combate já tem sido feito desde o início do ano. Nós temos um plano estadual para diminuir os casos. Contamos também com um Centro de Informação de Agravos Estratégicos que está alerta 24 horas por dia”.

Ainda segundo a secretaria, a ação já tem surtido efeito: “Desde janeiro até o dia 15 deste mês de maio os casos tiveram uma redução de 80% em todo o Estado. Nós temos 15 pólos regionais de saúde em todo Mato Grosso, com equipes de vigilância assessorando 141 municípos”.

“O risco era intermediário em Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Manaus. Os alertas de alto risco saltaram nas cidades do nordeste de Recife, Fortaleza e Natal”, revela outra parte do estudo publicado. Uma das soluções segundo os pesquisadores seria fumigar os locais de procriação dos mosquitos.

O estudo – Fazem parte da pesquisa cientistas europeus e brasileiros, que são chefiados por Rachel Lowe, do Instituto Catalão de Ciências do Clima de Barcelona. Eles examinaram vários dados de diversas fontes para determinar quais são as áreas de risco no país. Foram estudados padrões climáticos de quatro agências meteorológicas. A chuva é um dos pontos principais, por ter grande influência na procriação do mosquito.

Depois, o resultado foi comparado com casos de surtos de dengue dos últimos 13 anos, no mês de julho em 553 "microrregiões" do Brasil, inclusive nas 12 sedes da Copa. Por fim, levaram em conta os elementos que caracterizam o desenvolvimento da doença em grande escala. O estudo ganhou repercussão em diversos veículos de comunicação nacional e internacional como Terra e AFP (Agence France-Presse).

Casos em Mato Grosso - Segundo o Sistema de Informação de Agravo e Notificações (SINAN), Mato Grosso registrou de 1º de janeiro a 15 de maio deste ano 6.270 casos notificados de dengue. Foram seis ocorrências de óbitos, sendo que. três estão em investigação (01 Alta Floresta, 01 Cuiabá, 01 Alto Paraguai) e três confirmados (01 Cuiabá, 01 em Sinop e 01 em Rondonópolis). 

Em Cuiabá foram registrados 647 casos, já em Rondonópolis foram 418, Sinop 1.527 e Várzea Grande 260. No ano passado (2013) as notificações no mesmo período foram de 36.270 casos no Estado.

Os sintomas da dengue são: febre, dores de cabeça e musculares e, em casos extremos, pode causar morte por hemorragia. Ao sentir estes sintomas, é recomendado que a pessoa procure rapidamente assistência médica. Em 2013 foram registradas no Brasil 570 mortes em decorrência da doença.

Para combates os focos do mosquito é preciso alguns cuidados básicos como limpar as calhas dos telhados, os pratinhos dos vasos de plantas, manter piscinas limpas, não deixar poças d’água, eliminar qualquer tipo de matéria que possa acumular água. Virar de boca para baixo garrafas e recipiente que possam acumular água e tampar as caixas d’água, poços e latas de lixos.

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