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04/10/2013 - 09:38

Cuiabá precisará de 800 voluntários para Copa; veterano fala de experiência 'indescritível'

Da Redação - Darwin Júnior

Foto: Darwin Júnior - Olhar Copa

O cuiabano André Luis de Moraes atuou como voluntário na Copa das Confederações e agora pretende trabalhar no Mundial 2014

O cuiabano André Luis de Moraes atuou como voluntário na Copa das Confederações e agora pretende trabalhar no Mundial 2014

Terminou nesta quarta-feira (02), o processo de inscrições do programa de Voluntariado da Fifa para a Copa do Mundo de 2014. Quase 30 mil novas inscrições foram registradas, fazendo o número total de interessados ultrapassar a 160 mil. Embora a janela da Fifa tenha se ‘fechado’, ainda haverá uma nova chance para quem perdeu a hora. Na segunda quinzena de novembro, o Governo Federal abrirá novas inscrições para os interessados do Brasil Voluntário, que é um programa complementar ao da Fifa. De acordo com a Fifa, Cuiabá precisará de mais de 1.000 voluntários para atuar dentro da Arena Pantanal e seu entorno.

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Dezenas de cuiabanos se inscreveram no programa de voluntários da Fifa e aguardam pela processo de seleção. Alguns voluntários do Estado que estiveram atuando na Copa das Confederações, aguardam convocação para trabalhar na Copa do Mundo de 2014.

Esse é o caso de André Luis de Moraes Souza, 41 anos, que atuou como voluntário nas Confederações, no jogo da seleção brasileira realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Casado, pai de duas filhas e formado em Administração de Empresas, André se especializou em telecomunicações pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). A experiência o ajudou a ser um dos escolhidos no programa Brasil Voluntário. Agora aguardando ser chamado para atuar na Copa 2014, André falou de sua experiência em entrevista ao Olhar Copa.

Confira a íntegra da entrevista de André Luis ao Olhar Copa:

Olhar Copa: Por que ser um voluntário?
André Luis: Como voluntário consigo exercitar três atitudes: Doar, Aprender e Compartilhar. Como percepção pessoal acredito que em qualquer trabalho voluntário acabo sempre acumulando mais aprendizado do que ofereci como voluntário, e pensando assim, procuro me engajar nessa atividade, sempre que tenho disponibilidade. Ser voluntário na Copa do Mundo será a primeira experiência em eventos de grande porte.

OC: Como foi o processo para escolha? Houve muitas exigências?
AL: Me inscrevi, preenchendo um formulário bem detalhado das minhas aptidões, qualificações e interesses. Participei de uma dinâmica de grupo. Fiz os cursos on-line e fui selecionado. O processo é bem simples, inclusive é o voluntário que indica a disponibilidade de datas e horário para o trabalho. Não há nenhuma imposição por parte da FIFA.

Olhar Copa: O que pode ter influenciado para que você fosse selecionado?
AL: Dada a grandeza do evento, a integração de várias tecnologias é necessária para dar o suporte a todas as operações envolvidas. Como atuo na área de tecnologia e informática, enxerguei no voluntariado uma possibilidade de conhecer as operações de TI de um evento no porte “Copa do Mundo” e colaborar com o meu conhecimento, através das diversas atividades para o sucesso do evento.

Olhar Copa: E como foi a experiência de ser um, voluntário na Copa das Confederações?
AL:
Do ponto de vista pessoal, riquíssima! Pude conhecer várias pessoas, fazer novas amizades e desenvolver as relações pessoais. Do ponto de vista profissional eu digo que é impagável. Não existem cursos que possam me capacitar com a abrangência e imersão que tive no trabalho como voluntário de TI na Copa das Confederações, sem contar que todo o aprendizado se reverteu em melhores práticas na minha atividade profissional como técnico em TI.

Olhar Copa: Então, você teve um crescimento profissional. Mas, nem tudo deve ter sido flores, nè? Fale sobre as vantagens e desvantagens.
AL:
A meu ver, quando você está imbuído com a vontade de colaborar, só existem vantagens. Um ponto negativo que não é do processo, e sim da percepção das pessoas, é que muitos entendem que estamos trabalhando “de graça” para a FIFA, e acabam tecendo críticas. A essas pessoas eu sempre digo que participem, a percepção muda muito rápido!

Olhar Copa: Depois dessa experiência, agora você quer ser voluntário na Copa. Qual é a sua expectativa?
AL
: Sim, claro! Quero poder compartilhar ainda mais experiências para que a Copa do Mundo em Cuiabá seja um sucesso e tanto os turistas brasileiros e estrangeiros, possam levar lembranças positivas da experiência e mais do que tudo da simpática e calorosa acolhida que receberão de todos os voluntários e do povo mato-grossense.

Olhar Copa:  O que você recomenda aos futuros voluntários?
AL
: O aprendizado é tamanho que fica difícil detalhar, mas como recomendação aos meus colegas voluntários eu digo: Mente aberta, comprometimento e alegria. A experiência valerá a pena.

Olhar Copa: Pelo que vc viu lá fora. Como espera que será em Cuiabá?
AL
: A organização do evento e a maneira como os torcedores se comportaram me surpreendeu. Acredito que em Cuiabá será ainda melhor, pois na Copa das Confederações houve apenas um jogo em Brasília, já para a Copa do Mundo teremos quatro partidas em Cuiabá, o que fará com que o astral do torcedor esteja ainda mais alto.

Olhar Copa: Como voluntário da Copa das Confederações, você está automaticamente inscrito como candidato a voluntário na Copa do Mundo. Acredita que vai ser escolhido novamente?
AL
: Acredito sim.

Olhar Copa: Na sua opinião, quantos voluntários serão necessários para uma sede como Cuiabá?
AL
: Para o programa de voluntariado da FIFA em Cuiabá, acredito que em torno de 900 pessoas. Mas não podemos esquecer dos voluntários do Programa Brasil Voluntário do Governo Federal, que são os responsáveis pela organização do entorno do estádio.

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por Odenor, em 04/10/2013 às 14:33
Esses oitocentos voluntários vão trabalhar para compensar o custo que a Fifa tem com o Ronaldo Nazário.
por Marcello, em 04/10/2013 às 11:14
A FIFA arrecadará 4 bilhões com a Copa do Mundo no Brasil e essa cambada de puxa-saco, querendo trabalhar de graça pra essa "tal" Instituição. Duvido que esses voluntários alguma vez foram realizar esse tipo de trabalho em alguma comunidade e/ou bairro carente de Cuiabá. Não sabem nem onde fica o abrigo dos velhos ou o lar das crianças. Eita povinho sem futuro.
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