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Dois dias após a maior derrota da seleção brasileira, o craque Neymar voltou à Granja Comary e concedeu entrevista na tarde desta quinta-feira. Entre os assuntos mais abordados pelos jornalistas estavam o apagão diante da Alemanha e o perdão a Zúñiga.

O craque tratou de se esquivar das explicações sobre a goleada, pois segundo ele não estava em campo. 'Eu não posso falar muita coisa, não joguei e não tem como dar explicações sobre isso. Mas fiquei triste pela forma como meus companheiros perderam, eles não mereciam isso. A gente não merecia sair daquela forma. Essa seleção foi montada com os melhores dessa geração e se for convocar novamente 99% desse grupo seria o mesmo", destacou Neymar.

Já em relação a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo, o camisa 10 reconhece que faltaram alguns pequenos detalhes que poderiam ter feito a diferença. "Tiro de lição tudo, momento de concentração e de treinamento. Eu tenho que treinar mais, querer mais. Uma Copa do Mundo é muito nivelada e para se alcançar o título tem que ter o algo a mais", reconheceu.

Em dado momento da coletiva, quando questionado sobre a joelhada do colombiano Zúñiga, Neymar disse não guardar rancor e ainda se emocionou ao falar do lance que lhe tirou o sonho de disputar uma final de Copa do Mundo. "Foi um lance que eu não concordo e não aceito. Todo mundo que entende de futebol sabe que não é uma entrada normal. Da forma como ele veio foi uma entrada que não é de situação de jogo. Muitos falam que sou cai-cai, mas quando estou de frente eu consigo me defender, mas de costas não. A única coisa que pode me defender de costas é a regra", ressaltou o jogador, que não conteve o choro ao falar sobre a lesão: "Deus me abençoou e se fosse 2cm para dentro eu poderia estar de cadeiras de rodas. É complicado, faz parte e vida que segue", sentenciou.

Já em relação a Zúñiga, o camisa 10 revela que conversou com o colombiano e o perdoaria sobre a jogada 'desleal'. "Perdoaria sim, não sinto rancor ou ódio. Ele me ligou no dia seguinte e me pediu desculpas. Desejo que tenha sucesso na carreira", disse Neymar

Outro assunto polêmico foi as declaração dada pelo seu empresário Wagner Ribeiro, que ofendeu o técnico Felipão por meio de sua rede social. O jogador não ficou em cima do muro e engrossou o tom: ''Existem dois caras que respondem pelo o que eu falo. Apenas eu e o meu pai. O que sai da boca do Wagner é ele que responde pelos atos dele. Não concordo com o que ele falou e se eu vê-lo hoje vou xingá-lo, sim, pois não concordo''.

Na sequência o atacante aproveitou para defender o técnico Felipão: "Nós brasileiros temos a mania de mudar tudo quando perde. Não é assim, quando se perde temos que corrigir. Isso é mais importante do que mudar alguma coisa".

Já em relação a final Alemanha x Argentina, Neymar esqueceu qualquer rivalidade e surpreendeu ao dizer que torcerá pela Albiceleste: 'Vou torcer para o Messi e para o Mascherano, que são meus companheiros de Barcelona e pessoas que gosto muito. Não que eu vá torcer para a Argentina, mas torço para o sucesso deles", finalizou.