A morte do operário Muhammad-Ali Maciel Afonso, 32, funcionário da empresa Etel, integrante do consórcio C.L.E., na Arena Pantanal, repercutiu rapidamente pelo Brasil nesta quinta-feira (08). Informado sobre a tragédia, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke se pronunciou no início desta tarde, manifestando sua tristeza através de mensagem no Twitter.
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“Lamento profundamente o que ocorreu na Arena Pantanal. Meus pensamentos estão com a sua família e amigos”, disse o dirigente da Fifa, que se disse entristecido com o acontecimento. Valcke esteve em Cuiabá no mês passado, na última vistoria da Fifa e do COL antes da entrega da Arena Pantanal para a organização da Copa do Mundo. Na época, o dirigente exigiu o estádio pronto até o dia 5 deste mês. A meta não foi cumprida.
Além de Valcke, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo também se manifestou. “Lamento profundamente a morte do trabalhador”, disse o ministro, se solidarizando com seus familiares, amigos e companheiros de trabalho. Um pouco mais cedo, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) publicou uma nota expressando 'consternação' com o fato.
A Arena Pantanal já havia ocupado as manchetes de forma negativa em outubro do ano passado, quando um incêndio atingiu parte do subsolo colocando em alerta os órgãos fiscalizadores como CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e Ministério Público. A suspeita de possíveis danos estruturais foi noticiada pela agência de notícias internacional Reuters em fevereiro deste ano.
As empresas que participam da construção da Arena Pantanal estavam próximas de atingir uma meta importante: de terminar a obra sem nenhuma morte, após três anos de construção. Faltando menos de duas semanas para a inauguração, a Arena entrou para a lista dos estádios da Copa que foram palco de acidentes fatais.
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