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11/07/2014 - 17:21

No lucro, Argentina aceita favoritismo alemão: "Coloca pressão neles"

Globo Esporte

 A Alemanha é favorita? Joga o futebol mais bonito da Copa? Vem embalada pela goleada sobre o Brasil? É a líder nas casas de apostas? Os argentinos não estão nem aí para isso. Na verdade, acham até melhor que seja assim. Com uma campanha sem muito brilho - nem mesmo de Messi nos últimos jogos -, os hermanos chegaram na decisão de domingo no Maracanã meio que aos trancos e barrancos, com vitórias nos minutos finais, na prorrogação, nos pênaltis, magras, e estão satisfeitos com isso. Com um discurso de que acabar com a sina de quedas em quartas de finais era a missão no Brasil, a Argentina deixa toda pressão para o lado rival.

Uma das estrelas do elenco de Sabella, Kun Agüero não negou que os alemães são, sim, os mais badalados, e lembrou que isso acontece desde antes do início da Copa do Mundo. Para o atacante, as opiniões externas só servem para colocar ainda mais responsabilidade em cima dos tricampeões mundiais e não interferirá em nada na postura da Argentina quando pisar no Maracanã.

- Desde que a Copa começou, a Alemanha era favorita junto com o Brasil. Seguem dizendo isso, mas vamos fazer o nosso jogo. Por um lado, nos serve que coloquem pressão neles. Mas nós não estamos aqui por casualidade. Fizemos um grande Mundial e final é final. Vamos fazer tudo para vencer.

Na opinião de Kun, a presença de sua equipe na decisão já é surpresa para muitos, e até mesmo para os argentinos. Quando deixaram Buenos Aires, no dia 9 de junho, a meta traçada era chegar às semifinais, algo que não acontecia desde 1990.

- Nos armamos bem como grupo e montamos um time sólido. Estamos em uma final onde muitos pensavam que não iam estar. Nosso objetivo era passar das quartas de final e quando isso aconteceu pensamos que podíamos ganhar da Holanda. Foi um jogo de xadrez. Nos pênaltis, foi sorte e estivemos bem.

Com três Copas do Mundo no currículo, Maxi Rodríguez tem a exata noção da importância de ter vencido a Bélgica nas quartas de final. Nas duas edições anteriores da competição, o meia do Newell´s Old Boys caiu exatamente nesta etapa e contra a Alemanha. Agora, na decisão, não se preocupa com as comparações entre os finalistas e lembra: mais importante do que como ganhar é simplesmente ganhar.

- Quando acabar a partida, não vão dizer se jogou bem ou mal, vão dizer que fomos campeões. Não importa a análise. O importante para este grupo foi ultrapassar a barreira das quartas. Estávamos com muita raiva por sempre perder ali. Estamos em um lugar privilegiado. Nos devíamos uma alegria assim, até pelo país que sofreu muito. Que domingo tenhamos a sobremesa.

Autor do gol de pênalti que garantiu a vitória sobre a Holanda na semifinal, Maxi Rodriguez minimiza apostas em favoritos em uma partida tão importante. "La Fiera" falou ainda da goleada alemã sobre o Brasil na semifinal e pediu paciência para seus companheiros durante os 90 minutos.

- Foi um resultado largo para um Mundial e com duas seleções poderosas. O Brasil estava um pouco chocado depois do segundo gol. Acho importante esperar um pouco, estudar e ver como jogar. É preciso ter paciência. Neste momento, ser favorito ou não é o mesmo. É algo que se fala nas ruas. Os dois têm a responsabilidade de serem campeões. Temos a nossa oportunidade e vamos tentar aproveitar. Para conseguir grandes coisas, é preciso correr, se dedicar. Neste sentido, melhoramos muito como equipe e crescemos. Temos Leo (Messi) e todos nós nas costas.

Argentina e Alemanha decidem no Maracanã a Copa do Mundo pela terceira vez. Em 1986, comandados por Maradona, os hermanos levaram o troféu no México, com vitória por 3 a 2 na final. Quatro anos mais tarde, foi a vez dos alemães darem um troco com um magro 1 a 0, na Itália. Chegou a vez do tira-teima, e ele acontecerá domingo, às 16h (de Brasília).

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