O operário Muhammad’Ali Maciel, de 32 anos, estava em uma escada de ferro de aproximadamente 1 metro, quando recebeu a descarga elétrica que o matou na manhã da última quinta-feira (08), na Arena Pantanal. Segundo funcionários da empresa, o trabalhador não tinha curso de eletricista.
Veja mais:
Após morte, Ministério do Trabalho interdita parte das obras na Arena Pantanal
Corpo de operário morto na Arena Pantanal é velado em Várzea Grande; fotos
O amigo e também funcionário da Etel, Wellingon Eduardo Barbosa, foi um dos primeiros a prestar os primeiros socorros a vítima: “Quando eu vi ele já estava no chão, logo já começamos a realizar o primeiro atendimento. Mas pelo que percebemos, ele já caiu praticamente morto”, contou ele ao
Olhar Copa.
Muhammad trabalhava em uma escada de ferro, de aproximadamente um metro, quando recebeu a descarga que o vitimou. Segundo Wellington, o Samu demorou cerca de 20 minutos para chegar ao local. Foram várias tentativas de reanimação, sem sucesso: “Eles fizeram de tudo, ficaram 45 minutos tentando salvá-lo, aplicaram três adrenalinas, mas ele não resistiu”.
Wellington acredita que a causa principal da morte foi a elevada carga elétrica recebida pelo trabalhador: “Ele tem um corte na cabeça, que abriu com a queda, mas, acredito que o que vitimou ele foi o choque, ele já estava com a boca sangrando”, afirma.
Os funcionários da Etel, empresa que faz parte do Consórcio CLE – responsável pelas instalações elétricas da Arena Pantanal, disseram que o certo era ele não realizar o serviço: “ele poderia ter recusado, não era obrigação dele”. O trabalhador não possuía o NR 10, curso que capacita o profissional a trabalhar com instalações elétricas.
Esta é a nona morte em estádios da Copa do Mundo de 2014. Outros acidentes também ocorreram por todo o país. Um deles foi em São Paulo, na Arena Corinthians, quando um guindaste acabou tombando e matando dois operários. Para se ter uma idéia, no Mundial da Africa do Sul (2010), foram duas mortes. Por conta disto a obra acabou sofrendo grande atraso e é uma das que mais preocupam a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL).
Leia outras notícias do Mundial 2014 no Olhar Copa