O delegado Antônio Esperândio, da Delegacia do Carumbé, começa a ouvir nessa semana funcionários da Arena Pantanal que atuavam juntamente com o operário Muhammad’Ali Maciel, 32, que morreu na manhã do dia 8 de maio, após sofrer uma descarga elétrica quando atuava na instalação de fiações. O acidente foi registrado faltando menos de 40 dias para estreia dos jogos do mundial de futebol 2014.
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“Talvez eu possa ouvir algum familiar mas mandei intimar os colegas do serviço, a fim de verificar como era a conduta quanto ao uso do equipamento de segurança”, explicou ao
Olhar Copa.
No momento do acidente, o funcionário contratado pela Etel sofreu uma descarga de 220 volts pelo corpo - estava com o corpo encostado em uma calha que virou 'terra' - quando fazia o corte de um fio com alicate. A Etel é líder do consórcio CLE, responsável pela instalação da TI (iluminação, sonorização, telão e transmissão) do estádio. Segundo o delegado, o caso é investigado como um acidente de trabalho e todas as condutas serão apuradas para finalização dos procedimentos.
Maciel, de acordo com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, não estava usando luvas no momento em que recebeu a descarga elétrica. Familiares e colegas de serviço do operário declaram que ele não possuía a capacitação necessária para o desempenho da função que resultou em sua morte. Um dia após a morte, O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) determinou a interdição das atividades de manutenção e intervenção em linhas energizadas da Arena Pantanal.
Em nota à imprensa, na data do acidente, a empresa responsável pela contratação lamentou o ocorrido e garantiu que o caso será investigado e todas as providências serão tomadas. Afirmou ainda em comunicado que o operário estava apto ao desempenho da função de eletricista, após treinamentos.
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