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25/06/2014 - 17:25

PM ignora clima de Libertadores e não fará esquema especial para Brasil x Chile

Globo Esporte

 A Polícia Militar de Minas Gerais não vai montar um esquema especial para receber o confronto entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Confiante e satisfeito com o balanço das quatro partidas que aconteceram em Belo Horizonte, o órgão acredita que o modelo usado até agora será suficiente para garantir a segurança das milhares de pessoas que vão ao Mineirão assistir ao duelo.

Nem o clima de Libertadores da América, em que a rivalidade é grande e o clima é mais quente, preocupa a PM. Cerca de 13 mil policiais estarão espalhados pelas ruas da capital mineira, o mesmo número que havia em todos os outros dias de jogos.

"O nosso planejamento está bem consistente, com várias linhas de ações adotadas. Não nos interessa, e não é que estejamos desprezando, se o jogo é de oitavas de final ou não. O nosso planejamento já pensava nisso. As oitavas, com a presença da seleção, claro, exigem um comportamento mais atento, mas nada de diferente. Nosso efetivo inteiro de 13 mil homens e mulheres estarão à disposição para agir, não só aqui no perímetro da Fifa, mas nos principais corredores, para proteger quem se desloca, mas também o patrimônio público e privado, como todos os dias. Os locais onde serão transmitidos os jogos também estarão cuidados. Isso já está estabelecido", afirmou o tenente-coronel Alberto Luis, chefe da imprensa da Polícia Militar, ao ESPN.com.br.

"Claro que vai depender do que acontecer no dia, para deslocar mais gente para lá ou para cá, mas estamos bem preparados e contentes com o balanço. Com relação à atuação dentro do estádio, só vai acontecer uma intervenção se a Fifa exigir. A PM quer que vocês tenham segurança lá dentro também. O nosso pelotão de pronta resposta continuará à disposição, são 40 policiais, do Choque e até do Gate. Se a Fifa exigir um número maior que esse, nós vamos atender. Mas não houve esse pedido até agora", completou.

Pelos princípios da Fifa, a segurança no estádio é toda feita por terceirizados, os chamados stewards, e só conta com a PM se algo preocupante acontecer. No Mineirão, no entanto, dos quatro jogos, dois exigiram intervenção. No dia de Argentina e Irã, a polícia entrou para levar 19 barra-bravas para averiguação, por orientação da polícia federal da Argetina. Nesta terça-feira, na partida entre Costa Rica e Inglaterra, o Batalhão de Choque e o Gate foram acionados quando o clima começou a ficar tenso nas arquibancadas onde estavam os ingleses. Cerca de 50 homens deram conta de tranquilizar a situação, rapidamente. sem a necessidade de uso da força.

Um dos maiores problemas sentidos pelas autoridades mineiras até o momento é a venda de bêbidas alcóolicas. O consumo excessivo tem aumentado o trabalho durante a Copa.

"A gente não entrou lá dentro no jogo de hoje (Costa Rica e Inglaterra) para servir de espantalho. Primeiro, nosso trabalho é psicológico, de mostrar que estamos lá e bem equipados. Depois, é uma questão técnica, nós de fato temos materiais para usarmos caso se faça necessário. A bebeira dos torcedores é realmente algo que atrapalha", explicou Alberto Luis.

"É igual dirigir. É uma coisa que não combina. A Fifa e seus patrocinadores queriam isso. A bêbida acaba estimulando as pessoas e o estádio não é o melhor lugar. Ela perde o senso crítico quando enche a cara de cachaça. É bem complicado. A polícia definitivamente não vê com bom olhos. Mas estamos lidando bem com isso até agora", finalizou.

Clima tranquilo

Para a imprensa chilena, o clima vai ser de tranquilidade no jogo do próximo sábado, nas oitavas de final. Na opinião dos jornalistas que estão no Brasil para cobrir a seleção de Jorge Sampaoli, não existe um clima de rivalidade como há com a Argentina, por exemplo.

"É um clima diferente, mas é um clima muito amigável. É diferente da relação entre brasileiros e argentinos, por exemplo. Os chilenos nunca tiveram nenhum problema com os brasileiros. É diferente também de um clima de Libertadores, por exemplo, que tem as equipes e as torcidas organizadas. Aqui é um clima familiar", afirmou Fabian Morales, repórter da TVN do Chile.

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