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04/07/2014 - 16:22

Parreira: Copa das Confederações não iludiu, mas time não repete atuações

Sportv

 A seleção brasileira chegou confiante à Copa do Mundo de 2014 depois de uma campanha brilhante na Copa das Confederações, um ano antes. Depois de quatro jogos até aqui, sem apresentar o mesmo futebol da competição anterior realizada no país, alguns já questionam: ganhar a Copa das Confederações engana? No “Seleção SporTV” de quinta-feira, o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, admitiu não ter resposta, mas lembrou que a conquista no Maracanã foi importante numa equipe desacreditada.

- Não tenho a resposta pronta. Aconteceu comigo. Vencemos de maneira brilhante a Alemanha, dentro da Alemanha, e ganhamos da Argentina do Pekerman por 4 a 1. Foi um resultado que não deixou dúvidas (em 2005). Se a Copa do Mundo fosse três meses depois da Copa das Confederações, o Brasil seria campeão do mundo. Nenhuma outra equipe do futebol mundial ganharia daquele Brasil. O mesmo aconteceu com o time do Dunga e com o time que ganhou da Espanha. Só que a Copa acontece um ano depois, e em um ano muda muita coisa na vida das pessoas - relembra Parreira.

O ex-treinador, campeão do mundo em 1994 com o Brasil, não repetiu o feito na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Um ano antes da competição, também foi campeão da Copa das Confederações, vencendo os donos da casa por 3 a 2 na semifinal, e a Argentina por 4 a 1 na decisão. Dunga passou pelo mesmo antes da Copa de 2010, ganhando a competição na África do Sul, na final com os Estados Unidos. Parreira admite que neste Mundial a equipe não reproduziu ainda o que fez diante de adversários como Uruguai, México e Espanha.

- Alguns jogadores mudaram de clube, foram para a Europa, não se adaptaram, ficaram sem jogar, perderam a forma física, a forma técnica, ficaram cabisbaixos, desmotivados. Isso acaba influenciando o resultado final. A Copa das Confederações tem um peso e a Copa do Mundo tem outro muito maior, ainda mais sendo em casa. Não estamos no mesmo nível da Copa dos Confederações, todos nós sabemos. Aquela pegada, aquela marcação, a gente não reproduziu ainda. Estamos tentando, o Felipão deve começar marcando um pouco. A gente espera que desta vez aconteça por um período maior, seja mais constante. Temos feito por 10, 15 minutos. É hora de pensar mais o jogo, esperar a hora certa para dar o bote. Não estamos iludidos pela Copa das Confederações, já passou. Serviu só para dar mais confiança aos jogadores, porque a Seleção estava desacreditada.

A seleção brasileira entra em campo nesta sexta-feira às 17h, na luta por uma vaga nas semifinais da Copa do Mundo. O adversário é a Colômbia, em partida na Arena Castelão, em Fortaleza. Para seguir adiante, Parreira revela a fórmula, que não verdade, segundo ele, “não tem mistério”.

- Este time é bom e temos certeza de que temos condições de ser campeões do mundo. Vamos voltar ao futebol brasileiro, de toque de bola, de marcação, de responsabilidade e, sobretudo, de improvisação. Está faltando improvisação. O Felipão sempre pede alegria nas pernas. Vamos abusar do drible na hora certa, na área certa. Ele pede ao Hulk, ao Oscar, ao Neymar para jogar o futebol brasileiro. Nós sempre fomos assim. E, sem a bola, ser organizados 100%, não tem mistério. Quem conseguir ser organizado sem a bola, se defendendo, tem uma vantagem muito grande. Quando o futebol brasileiro consegue se organizar 100% sem a bola, ficamos com a mão na taça. Não digo campeão, mas 50% com a taça. Com a bola, a gente sabe jogar muito bem.

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