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06/02/2014 - 17:05

Placa de metal de obra do VLT desprende e machuca pedestre e professor da UFMT

Da Redação - Priscilla Silva

Foto: Foto: Pedro Felipe Furlaneto

Placa de metal de obra do VLT desprende e machuca pedestre e professor da UFMT
Duas pessoas ficaram feridas e em estado de choque depois de serem atingidas por tapumes de metal que isolam a obra do VLT, no trecho da avenida Fernando Correa da Costa, em Cuiabá, durante a chuva que caiu na cidade na tarde de quarta-feira (5). As placas de metal foram “arremessadas” com o vento e uma delas acertou duas pessoas, que tiveram ferimentos leves.

Nesta sexta-feira (06), uma das vítimas, o professor de psicologia da UFMT, Pedro Felipe Furlaneto, foi ao Cisp Planalto registrar boletim de ocorrência e solicitar exame de corpo de delito, para posteriormente abrir um processo contra os responsáveis. Ele foi a primeira pessoa a ser atingida pelo tapume e acabou amortecendo o impacto do objeto na segunda vítima.

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Karine Rocha da Silva, a segunda pessoa ferida, na ocasião caminhava em companhia de seu irmão. “Eu não gosto de lembrar, porque eu sinto vontade de chorar, mas foi um susto muito grande, quando vi aquele tapume vindo em minha direção eu percebi que não conseguiria me esquivar dele, então tentei proteger com o braço”, contou ao Olhar Direto, ainda visivelmente abalada. Segundo a vítima, não estava chovendo quando ela saiu de casa para caminhar.

No momento do acidente, mais pessoas passavam pelo caminho que dá acesso à Universidade Federal de Mato Grosso, trecho em que a placa se soltou e acertou os transeuntes. Depois do susto, elas ainda permaneceram ilhadas no local, pois a água da chuva impedia a travessia.

“Eu já estava com um guarda-chuva quando o vento começou a ficar mais forte e senti um impacto em meu corpo. Quando olhei para o lado, vi a placa de metal atingindo uma menina. Ela ficou em estado de choque e não tinha como sairmos de lá, pois estávamos ilhados”, relatou Pedro. Segundo ele, o tapume de metal tinha em média três metros de comprimento por 1,5 de largura.

Ainda conforme o professor, o local deixado para a passagem de pedestre é inseguro e perigoso. Além de não ter saída em caso de chuva, há o risco de assaltos por ser um espaço ‘fechado’.

“Acredito que faltou planejamento de engenharia para garantir a segurança dos pedestres, no caso dos tapumes colocados para cobrir as obras da Copa, eles acabam criando um corredor de ar embaixo e fez com que as placas levantassem. Só temos esse caminho que nos oferece risco e ainda não tem como sair, a água já estava alcançando a minha canela”, reclama.

Karine cortou o braço e teve escoriações pelo corpo devido à queda, já Pedro machucou a boca, braço, abdome e apresenta hematomas pelo corpo nesta sexta-feira (06).

A funcionária pública da UFMT Nilza Guirado também passava pelo local no momento do acidente e ficou indignada com a falta de segurança que as obras da Copa têm deixado a população. “Parece que Cuiabá virou uma grande armadilha”, reclama.

A reportagem do Olhar Direto tentou entrer em contato com a assessoria do VLT, porém não teve retorno das ligações.

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