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23/05/2013 - 12:34

Projeto do aeroporto poderia ter sido melhor

Da Redação - Darwin Júnior

Foto: Reprodução

Projeto do aeroporto poderia ter sido melhor
O projeto do aeroporto Marechal Rondon, em Mato Grosso e de outros estados sedes da Copa do Mundo de 2014, poderiam ter sido melhores e as obras de ampliação já deveriam estar em um estágio mais avançado, fato que não ocorre devido à política de baixos preços praticada pela Infraero. Essa é a conclusão do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, afirmou que a baixa qualidade dos projetos de engenharia para a reforma de aeroportos brasileiros tem atrasado as obras. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 prevê intervenções em 23 aeroportos, incluindo cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014

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Como uma das sedes, Cuiabá depende do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, onde as obras de reforma e ampliação não chegaram a 20% e estão atrasadas segundo relatório publicado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). O projeto de ampliação prevê a construção de um aeroporto de nível internacional para a Copa de 2014 a um custo de R$ 77 milhões. Com previsão de entrega para o fim do ano, as obras ainda estão na fase de demolição, fundações, trabalho com terra e levantamentamento de pilares. O aeroporto de Cuiabá foi apontado, atualmente, como um dos quatro piores entre as 12 sedes do Mundial.

No seminário promovido pela Câmara Federal sobre os desafios da avaição civil no Brasil, o ministro Moreira Franco afirmou que “para a execução dessas obras, precisamos ter projetos, mas projetos de empresas não foram aceitos e tiveram que ser refeitos”. Segundo ele, os maiores problemas ocorreram na reforma do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

De acordo com Moreira Franco, a baixa qualidade dos projetos é fruto dos baixos preços praticados pela Infraero. “Com os preços baixos, não estamos conseguindo trazer as melhores empresas”, salientou. “Precisamos praticar, no setor público, preços de mercado para ter as melhores empresas de engenharia brasileiras, os melhores arquitetos e projetistas, as melhores tecnologias, mas gastar é suspeito no Brasil”, criticou.

Ele pediu ajuda dos parlamentares para discutir a questão da natureza dos gastos públicos. “No passado, era pecado gastar, a ideologia era sempre evitar os gastos, porque não havia recursos; hoje temos recursos, temos planejamento, mas a capacidade do governo de gastar esses recursos é muito baixa”, disse. “Há uma série de dificuldades administrativas para evitar o gasto, além de fiscalização sobre fiscalização”, completou.

Segundo ele, o aeroporto do Galeão, por exemplo, só conseguiu gastar 5,23% dos recursos de que dispunha em dois anos. “Essa discussão também precisa ser feita com o Tribunal de Contas da União (TCU)”, complementou.

Concessões

Além das obras do PAC 2 em 23 aeroportos, o ministro explicou que outra iniciativa do governo para reverter a degradação da infraestrutura aeroportuária brasileira é a concessão de alguns aeroportos, permitindo a participação de investimentos privados.

Já foram concedidos os aeroportos de Brasília (DF), de Guarulhos (SP) e de Viracopos (SP), e ainda neste ano deve sair a concessão dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG). Os três primeiros foram apontados, juntamente com o aeroporto de Cuiabá (MT), como os piores do Brasil, em pesquisa realizada pelo governo com passageiros. “Vamos trazer para o Brasil novos operadores, com experiência internacional em grandes aeroportos”, afirmou Franco. Segundo ele, o contrato de concessão terá obrigações de obras físicas e de melhorias tecnológicas a serem cumpridas em prazos determinados, levando em conta o calendário da Copa do Mundo.

Porém, conforme o ministro, o maior desafio do setor não é o fluxo de passageiros advindos dos grandes eventos esportivos, mas o dia a dia. “Tivemos crescimento econômico e grande mobilidade social nos últimos dez anos, fazendo com que milhões de brasileiros tivessem acesso à aviação”, destacou. “É para atender às demandas do cidadão brasileiro que o governo se mobilizou do ponto de vista financeiro e de planejamento, para recuperar anos de 'degradação' da nossa infraestrutura aeroportuária”, completou. “Tenho confiança de que nós vamos resolver problemas.”

Problemas da aviação brasileira

Para o presidente da Comissão de Integração Nacional, de Desenvolvimento Regional e da Amazônia, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), o Brasil tem se descuidado, em alguns aspectos, da segurança nos voos. “85% dos incidentes aéreos brasileiros são oriundos da fadiga humana”, ressaltou. Ele destacou que a proposta de novo Código Brasileiro de Aeronáutica (PL 6716/09), que aguarda votação pelo Plenário, elevará para 19 horas a carga horária dos pilotos. Conforme o deputado, isso deve ser revisto.

Já o presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado Romário (PSB-RJ), criticou o alto preço das passagens aéreas no Brasil e apontou problemas como extravio de bagagens e mau atendimento ao público nos aeroportos brasileiros. “Nossas salas de embarque e desembarque não atendem nem à demanda interna”, disse. Ele afirmou se preocupar com a receptividade dos passageiros que virão para a Copa das Confederações neste ano, para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas em 2016.

“Não devemos perder esta enorme oportunidade de 'vender' nosso País, de aproveitar seu potencial turístico”, ressaltou o presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, deputado Edinho Bez (PMDB-SC). “A Copa passa, mas os investimentos em infraestrutura ficam”, complementou.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, por sua vez, defendeu a revisão da carga tributária que incide sobre o setor para baixar o preço das passagens. “Ao redor no planeta, não se sobretaxa querosene de aviação ou há taxa mínima, como nos Estados Unidos”, disse. “No Brasil, se paga de 12% a 25% de ICMS em cada estado por querosene de aviação”, complementou. Com informações da Agência Câmara

por Cássio, em 31/05/2013 às 17:51
Como um aeroporto internacional com uma pista de 2.300 mts e 45 mts de largura (largura ok) poderá operar aeronaves com 150 a 200 ton. sem restrições operacionais? Enquanto os orçamentos ou planejamentos não forem realizados no nosso pais com seriedade a coisa e palhaçada, primeiro ponto era aplicar a readequação da pista e dos taxiways, passar o comprimento para no mínimo 3.000 mts (o que tem espação suficiente) e readequar os pátios. Reforçar o aeroporto Santa Rita para durante a copa receber vôos de aeronaves executivas como Citation X, Falcon 7X, Gulfestream G-550, Bombardier Global Expreex, sabemos que o aeroporto é particular mas tem uma boa estrutura e por muito pouco pode ser habilitado para aviação executiva de médio e grande porte, BOM VAMOS PARAR DE PALHAÇADA E TRABALHAR COM COMPETENCIA....Mesmo com o garfo e a faca na mão o Planejamento/orçamento é uma porcaria.
por Junior, em 23/05/2013 às 22:43
sabe fico pensado, Só isso de vagas de aeronaves vai dar (11)? Um A330 vai podar no aeroporto? pois caso por exemplo uma seleção da Europa, áfrica ou Asia se classifique ppara o Mundial, haverá espaço para os tamanhos dos aviões porque um A320 ou um B737 não vai vim dela aqui fazendo pinga-pinga né?
por Carlos Pedrosa, em 23/05/2013 às 17:46
É complicado, se não tem criticam, se tem criticam!!! Por quê não criticaram antes? Deixaram o projeto ser aprovado, divulgado, licitado e entrar em execução para vir falar isso. Essa campanha contra a COPA MT não é só de outros Estados não, é de parcela dos que aqui residem também!!!
por Julinho, em 23/05/2013 às 16:51
Este aeroporto já caminha para a defazagem, o tráfefo aéreo aumentou demasiadamente tal qual o numero de passageiros transportados, a falta de uma segunda pista auxiliar ou de mais uma uma pista de taxiamento para a pista 17, ao qual existe somente para a pista 35 e que na maioria das vezes está fechada, resultada em atraso nos pousos e decolagens, num momento em que as companhias sofrem com o preco dos combustiveis aguardar no ponto de espera por 10 a 15 minutos é prejuízo que no final das contas é repassado para o consumidor e a tendencia é o aumento no numero de pousos e decolagens durante a copa, infraestrutura vai além de embarque e desembarque.
por paulo, em 23/05/2013 às 16:35
Trem mal feito. até parece que essa quantidade de vagas de carro é suficiente!!! por que nao fizeram estacionamento subterraneo com dois tres pisos para haver mais vagas? daqui um tempo vai ter que gastar com outra obra pq essa nao atendente mais a demanda de carros. parece que nao tem visão de nada.
por TOTO, em 23/05/2013 às 15:31
PORQUE SO AGORA JA EM CIMA DA HORA ESSES POLITICOS DE MIDIA VEM COM ESSAS CRITICAS?
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