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 A rotina de treinos e concentração para a Copa do Mundo de 2014 teve uma leve pausa para o zagueiro Sergio Ramos. E por um bom motivo. O defensor da Espanha foi nomeado, na manhã desta terça-feira, em Curitiba, embaixador da Unicef. A cerimônia aconteceu no CT do Caju, casa da Roja na primeira fase do Mundial, e contou com a presença de dezenas de crianças que participam de projetos da entidade – responsável por programas solidários mundo afora. Uma delas foi direta: perguntou ao jogador sobre como marcar o “Furacão Neymar” em um eventual duelo pela Copa.

Sergio Ramos se mostrou agradecido pela oportunidade de ajudar a entidade. E garantiu que usará a repercussão que o futebol gera para entrar de cabeça na parceria com a Unicef.

- Para mim, é um privilégio, um grande orgulho, uma realização ajudar a tanta gente. Espero passar muitos anos trabalhando nisso. É um dia mágico para mim. Ajudei em cada momento que me pediram. O esportista, pela repercussão a nível mundial, é muito importante nisso. Desde o primeiro momento em que estive vinculado a eles, senti isso. O ser humano tem que ser solidário – disse o zagueiro.

Sergio Ramos foi entrevistado por crianças e jovens auxiliados pela Unicef, incluindo uma menina que passa por tratamento contra câncer. Foi dela a pergunta sobre como marcar Neymar, para diversão do próprio zagueiro.

- O que não falta é jornalista (risos)... Bom, temos a fase de grupo com três seleções importantes. Tem que passar, ir partida a partida. Foi isso que nos levou ao êxito. Estamos preparados para enfrentar os melhores jogadores do mundo – respondeu Sergio Ramos.

Depois, o jogador bateu bola com as crianças. Está nos pequenos o foco do projeto que o atleta pretende desenvolver no órgão. Ele já viveu experiências marcantes com eles, incluindo uma ida ao Senegal em 2010.

- A gente se sente uma pessoa melhor ao ajudar uma criança que precisa. Tive experiências muito bonitas com elas. Viajei ao Senegal e vivi coisas muito importantes. São momentos que marcam. Você percebe a necessidade de crianças que mal têm o que comer. Isso nos faz valorizar mais as coisas na vida e se sentir privilegiado por poder ajudar de uma maneira mínima.

O defensor, decisivo no título da Liga dos Campeões pelo Real Madrid, com gols nas semifinais e na final, vive o melhor momento da carreira e chega à Copa do Mundo como referência da zaga – depois de ser campeão como lateral-direito em 2010. Sua relação com a Unicef data de 2007, mas como colaborador, não membro oficial. Disputa frequentemente partidas beneficentes da entidade e dá apoio especialmente a causas humanitárias na África.

Ele também costuma usar as redes sociais para apoiar as causas da Unicef. Além disso, cede objetos pessoais para que sejam revertidos em dinheiro – que acaba direcionado a programas de cuidados a crianças vulneráveis mundo afora.