Embora o setor de atendimento médico aos torcedores da Arena Pantanal se afirme pronto para operar na Copa do Mundo, uma cena causou espanto à imprensa neste domingo, quando um homem sofreu desmaio e teve que ser encaminhado com urgência para um hospital. O paciente, motorista da Secom (Secretaria de Comunicação Social de Mato Grosso), identificado por Francisco Monteiro da Silva, 63 anos, foi levado de maca pelas escadas por falta de um elevador para esse tipo de transporte.
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O motorista caiu no nível 30 da Arena, sofrendo um corte na mão direita. Ele foi transportado para hospital pela equipe médica em uma ação que envolveu profissionais do Samu e Corpo de Bombeiros. O paciente teria sofrido mal estar causado por uma forte labirintite que o levou a se desequilibrar. Medicado imediatamente, foi liberado. No entanto sua situação chamou a atenção pela falta de um acesso rápido até o centro médico.
Ao falar sobre o caso em entrevista coletiva, o coordenador de assistência médica da Arena Pantanal, Fábio Liberali argumentou que o paciente foi conduzido pelas escadas por estar em uma prancha rígida (inadequada para elevadores) por ser mais seguro no caso de um travamento da porta do elevador. "O atendimento foi rápido e com toda segurança", disse o médico, informando que a estrutura montada na Arena Pantanal conta com a mesma configuração da Copa: quatro leitos de UTI e 130 profissionais capacitados para atendimento em urgências. No caso do motorista que desmaiou, o protocolo prevê uma ação de três minutos, até sua entrada em uma ambulância.
Liberali frisou que essa estrutura tem que estar preparada para atendimentos em situações alarmantes. Ele revelou que em jogos da Copa do Mundo, a média é de 90 atendimentos em um único jogo. Na Arena Pantanal, a média tem sido de 20 atendimentos - no primeiro jogo-teste, 28 pessoas passaram pelo núcleo de atendimento. Foram casos diversos que vão desde alergia, cólicas renais, até desmaios.
Na Copa do Mundo, serão 33 médicos aptos para trabalhar na Arena, com o apoio de nove postos de atendimento, sendo oito para o público e um para atletas. Também haverão quatro leitos de UTI e uma rede pronta para receber pacientes como os hospitais Santa Rosa, São Mateus, Amecor, Femina e Jardim Cuiabá. Pelo SUS, o atendimento será feito pelo Hospital Metropolitano de Várzea Grande que terá estrutura apropriada para trabalho durante o Mundial.
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